Foto: LAT Images |
Para algo ter graça, é necessária a possibilidade de alguém
perder ou ser desafiado. Por que a F1 voltou a ter uma razoável relevância fora
da bolha? Porque surgiu alguém capaz de desafiar Lewis Hamilton e a Mercedes.
E agora, por que tudo voltou ao marasmo? O motivo é simples:
não existe, no momento, algo ou alguém em condições de ameaçar Red Bull ou Max
Verstappen.
O resultado é óbvio: desinteresse do público e queda de
audiência, engajamento, etc. São intermináveis 22 ou 23 corridas por ano e a
chance de Red Bull/Verstappen ganharem elas são de quase 100%. Portanto, de
novo: vale a pena alguém fora da bolha se dispor a assistir algo que todos
sabem o final?
Mas Verstappen não está sozinho nessa por falta de
qualidade, mas sim de incompetência das equipes, ou o excesso de competência da
Red Bull que no momento dizima a concorrência. Desde Hamilton, no final da
carreira, passando por Alonso tentando o último protagonismo e agora passamos
para os contemporâneos de Max.
Lando Norris, distante da grande mesa de jantar, se aproxima
um pouco mais dessa posição de futuro antagonista. Claro, a culpa era da
McLaren e a inferioridade em relação a Mercedes e Ferrari, então era natural
que os holofotes ficassem em cima de George Russell e Charles Leclerc.
Em 2023, ambos estão abaixo do padrão, por diferentes
motivos. Erros, problemas, azares, tudo isso junto. Norris, outrora resignado a
brigar de coice no escuro, ressurge entre os ponteiros para relembrar que ele
praticamente fez Ricciardo ser demitido, tamanha a diferença de rendimento.
Tanto que nem a vitória do australiano em Monza mascarou esse desequilíbrio.
Relembre o que esse querido blog escreveu sobre Lando:
sempre foi uma promessa e um fenômeno na base, tanto que na F2 os holofotes
estavam nele, não no depois campeão Russell ou no vice Albon.
A diferença é que Norris pegou o caminho mais difícil para
se destacar tão imediatamente. Mesmo assim, consegui resultados importantes e,
se não fosse pela teimosia da juventude, teria uma vitória na carreira, aquela
desperdiçada na Rússia.
Tudo depende do timing e do carro, é claro. Hoje, a McLaren
briga com a Mercedes pelo segundo posto. O que não significa muita coisa, em
termos práticos. E amanhã? E o futuro das equipes? E quando Hamilton aposentar?
E a vaga na Red Bull? E se nem Ricciardo nem Pérez convencerem os taurinos? E
se a Ferrari trocar Sainz e Leclerc se cansar de lá? E a Aston Martin, vira
protagonista?
E a McLaren, volta para os anos dourados? Muitas perguntas
que os fãs e Verstappen estão, de certa forma, muito ansiosos em ter alguma
resposta no médio prazo.
Procura-se desafiante para um piloto holandês e o carro dos
energéticos. Tratar com a FIA e a Liberty.
Até!
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