Foto: RaceFans |
Com essa mini férias de três semanas, a F1 aproveitou para
descansar e resolver alguns imbróglios para o ano que vem.
Um deles foi a oficialização do calendário de 2023, com 24
corridas e as novidades esperadas: Catar e Las Vegas, além da ausência da
França e Paul Ricard. Melhor do que isso: as renovações de Mônaco (até 2025) e
mais um ano com Spa Francorchamps, ao menos.
O problema é que são corridas demais. Claro que a LIberty e
a FIA estão preocupados com a grana, principalmente pós-pandemia e o contexto
de crise mundial que vivemos. No entanto, a logística é quase desumana. Não
estou falando dos pilotos, mas sim dos mecânicos e funcionários da reta-guarda
das equipes, que ganham muito pouco, trabalham muito e não tem muito tempo para
descansar e/ou curtir a família. Deveriam olhar para essas pessoas com um pouco
mais de carinho e atenção.
Sem contar a logística. Uma volta ao mundo. Ir e voltar a um
continente. Por exemplo: a F1 sai da América do Norte para correr em Interlagos
e depois volta para Las Vegas. Por que não fazer Austin-México-Las Vegas de uma
vez? Ah, a corrida de Las Vegas, diferentemente do tradicional, vai ter a
largada no sábado à noite, madrugada de domingo por aqui.
Partindo para o mercado de pilotos, o óbvio veio: Latifi não
permanece na Williams para 2023. O desempenho constrangedor ficou escancarado
quando De Vries estreou do jeito que foi. Isso é sinal que as finanças do time
de Grove estão sólidas o suficiente para a equipe optar por dois pilotos de
qualidade.
Embora o favorito seja o holandês, ainda mais depois de
impressionar no desempenho, a Williams não confirma nada. Quem poderiam ser os
outros concorrentes? Vandoorne também é da Mercedes e também é campeão da
Fórmula E. Logan Sargeant é da academia do time e há o lobby de ter um piloto
estadunidense, principalmente, depois da negativa da FIA para Colton Herta. No
entanto, é um cenário improvável. Agora, é aguardar pela decisão dos
britânicos.
Sem Colton Horta, a Red Bull optou pelo “não tem tu, vai tu
mesmo.” Yuki Tsunoda renovou o contrato. O motivo é simples: o jovem japonês
também e vítima das circunstâncias do carro da Alpha Tauri, apesar da fase não
ser boa. Além disso, não há um talento nas academias de piloto prontos para
subir: Hauger, Daruvala e Liam Lawson não impressionaram e precisam de tempo.
Com isso, Tsunoda ganha uma oportunidade rara e de ouro, num
ambiente que não é conhecido por ter muita paciência com os empregados. Sem
Herta, por efeito dominó, é improvável que haja uma liberação de Gasly para
Alpine. O cenário francês é um grande mistério: sem Pierre, qual será o
escolhido? Qual o critério? Colocarão o inexperiente e que não impressionou
tanto na F2 igual o Doohan direto na equipe de fábrica?
A Alfa Romeo, momentos antes da publicação desse texto,
confirmou a manutenção de Guanyu Zhou para o ano que vem. É justo. O chinês é
talentoso e está se adaptando, assim como Tsunoda. É a primeira temporada. Não
há muito o que fazer, ainda mais num carro que não se esperava muita coisa. É
difícil ter boa vontade com os asiáticos e nós sabemos o motivo, mas sempre vou
insistir e reiterar: Zhou não é somente um pagante que está ali porque é
chinês.
A Alpine é a grande incógnita do momento. Todavia, essas
dúvidas, assim como o bicampeonato de Max Verstappen, serão resolvidas em
questão de tempo. Sejamos pacientes para espantar o tédio para longe.
Até!
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