Foto: Racefans |
Esta foi a parte um. Em breve, a segunda parte com a análise
dos pilotos restantes. Até mais!
Fala, galera! Agora ta na hora da segunda e última parte da
análise da temporada 2019 depois de 12 das 21 etapas disputadas. Vamos que
vamos:
McLAREN
Foto: Reprodução/McLaren |
Carlos Sainz Jr – 8,0: sem dúvidas é o melhor do resto.
Pulando de galho em galho, parou na McLaren com o peso de ser o espanhol que
substitui Alonso em um carro que colecionava fracassos desde o fim da parceria
da Mercedes, a Honda e agora a Renault. Contudo, para a surpresa de todos, o
carro é confiável, razoavelmente veloz e bem competitivo. Além disso, Sainz é
incrivelmente regular e competente, pontuando quase sempre e aproveitando as
oportunidades, tanto é que está relativamente próximo de Gasly mesmo com um equipamento
bem inferior. De contrato renovado, corre tranquilo para manter o bom momento
pessoal e da equipe para que, talvez ano que vem, seja possível sonhar com
coisas maiores.
Lando Norris – 7,5: apesar de ter considerado prematura a
subida para a equipe, é inegável afirmar que o inglês faz uma temporada melhor
na F1 do que era na F2, talvez porque o hype de todos tenham diminuído ou algo
assim. Veloz e razoavelmente consistente, vem conquistando os pontos que pode.
Claro que precisa mais de experiência, mas até aqui é um início acima das
expectativas diante de um carro que evoluiu para a surpresa de todos,
tornando-se quase a quarta força da F1. Um ambiente assim é quase que o ideal
para evoluir e amadurecer na categoria.
RACING POINT
Foto: Reprodução |
Sérgio Pérez – 6,5: com o carro pior, Pérez não está
transformando alguns treinos bons em corridas satisfatórias. Neste ano, parece
improvável que consiga aquele pódio anual circunstancial, pois bateu logo no
início na Alemanha. No caos, o feitiço virou contra o feiticeiro: está atrás de
Stroll na tabela, embora a diferença técnica dos dois não esteja refletida. No
limbo da F1, tem o segundo semestre para ao menos se impor internamente na
equipe do canadense, mesmo com um carro deficitário.
Lance Stroll – 6,5: não tem nível para estar na F1 mas é
aquilo, é o neo Pedro Paulo Diniz. Com dinheiro, é impossível não evoluir
minimamente a ponto de ficar menos pior e capitalizar em momentos caóticos. Ao
menos tem essa estrela, principalmente em corridas chuvosas. Com o orçamento do
papai, não precisa fazer muito para continuar. Não bate, não ultrapassa e
apenas sobrevive nas corridas esperando o acaso acontecer. Infelizmente, é o
suficiente para ele.
ALFA ROMEO
Foto: Pirelli |
Kimi Raikkonen – 7,5: sem a pressão e o glamour das equipes
grandes, parece ficar mais a vontade neste novo momento da vida. A agora Alfa
Romeo, com a ajuda da Ferrari, vai melhorando, e o experiente finlandês mostra
que se não é o cara para brigar por vitórias, pode ser o líder que uma equipe
média precisa. Regular e consistente durante quase todas as corridas até aqui.
Sua experiência é fundamental para mostrar os caminhos de desenvolvimento da
ex-Sauber para que fique de vez no pelotão intermediário.
Antonio Giovinazzi – 5,5: um ano sem guiar os monopostos
pode ser cruel, ainda mais quando se tem Kimi Raikkonen no mesmo carro. A
verdade é que o italiano não se encontrou ainda. Apenas um ponto. Ritmo ruim e
erros recorrentes. A pressão para que saia é grande, ainda mais com o frenesi
que envolve Mick Schumacher. Sorte do italiano que Mick parece não estar pronto
o suficiente para subir, do contrário já estaria quase fora para o ano que vem.
Ainda assim, precisa ser outro piloto nestas últimas nove etapas se quiser
continuar na F1.
TORO ROSSO
Foto: Getty Images |
Daniil Kvyat – 7,5: muita desconfiança no improvável retorno
(mais um) a categoria. Poderia ser difícil ser pior do que estava, e realmente
não é, pelo contrário. Maduro, entregando resultados o quanto pode, aproveitou
o caos para retomar definitivamente a confiança. Tem um companheiro de equipe
duro pela frente, ou então tinha. Agora, precisa ser o tutor de um jovem que
vive o que ele já viveu. No segundo semestre, tudo vai depender de como Gasly
vai reagir ao rebaixamento.
Alexander Albon – 7,0: o agora Red Bull faz uma temporada
correta. Faz o que pode, pontua quando o possível, não comete muitos erros e
foi bastante elogiado pelos chefes meses antes de ser promovido. Agora, o
desafio é outro. Encarar Max sem a preparação adequada é quase suicídio, mas não
há escolha. É o famoso “cavalo encilhado só passa uma vez” e o tailandês, assim
como os laços da Red Bull, precisa aproveitar. É mais piloto que Gasly e
dificilmente vai ser tão pior que o francês, então é a grande chance de
alavancar definitivamente uma carreira que até 9 meses atrás parecia fadada a
Fórmula E.
WILLIAMS
Foto: Getty Images |
George Russell – 6,5: é difícil escrever sobre o campeão da
F2. O carro é de outra categoria, não há margem para competição. Na única
existente, contra Kubica, foi superior em quase todas, menos na mais
importante. Está zerado na temporada e, no fim das contas, é isso que as
pessoas lembram. Dificilmente terá a oportunidade de dar o troco. É continuar
sendo mais veloz que o polonês e torcer para que Toto tenha um plano de
carreira para ele que não seja semelhante a de Wehrlein.
Robert Kubica – 6,5: seu retorno é uma vitória pessoal, e
isso basta. É muito bom ver um cara talentoso dar a volta por cima diante das
dificuldades e retornar para o topo do esporte a motor. No entanto, as lesões
no braço claramente mostram que o polonês não é mais competitivo a este ponto.
Superado com larga vantagem, tem no pontinho da Alemanha o fator
desequilibrante que fez valer a pena todo esse processo. Sem esse peso, a
perspectiva é apenas se divertir dentro do possível diante de um carro tão
fraco, sabendo que estar ali já é uma vitória maior do que qualquer ponto.
Esta foi a minha análise. Concordam? Discordam? Agora é só
aguardar para a parte final da temporada daqui algumas semanas!
Até!
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