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Fala galera! Com 12 das 21 etapas disputadas, a Fórmula 1
faz uma pausa em agosto para que as equipes descansem no calor do verão
europeu. Como já é tradicional neste blog, vou analisar o desempenho dos
pilotos diante do que aconteceu nesta primeira metade da temporada. No post de
hoje, falarei sobre os pilotos da Mercedes, Ferrari, Red Bull, Renault e Haas.
Confira!
MERCEDES:
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Lewis Hamilton – 9,5: temporada quase perfeita do futuro
hexacampeão. Apesar de um início um pouco devagar, mais por mérito de Bottas, o
inglês naturalmente se impôs e tem dois terços das vitórias na temporada. A
tendência é que isso siga porque não há competição, méritos próprios e também
deméritos daqueles que deveriam ser seus antagonistas. Caminha a passos largos
para se tornar o maior nome da história da categoria.
Valtteri Bottas – 8,0: começou bem, mas depois voltou ao
modo 2018 ou até pior, principalmente nas duas últimas corridas. Parece sentir
a pressão de Esteban Ocon e Toto Wolff já dá sinais de impaciência. Brigar pelo
título é impossível pela sua incapacidade. Não é demérito perder para Hamilton,
mas o finlandês poderia ser mais competitivo. A parte final da temporada vai
ter que ser de recuperação para tentar salvar a vaga na equipe ou se manter
relevante para uma equipe mais emergente.
FERRARI:
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Sebastian Vettel – 7,5: apesar de a frente de Leclerc, é
mais uma temporada errática do alemão. Muitos erros, batidas e nervos à flor da
pele. Vettel não se encontra com a Ferrari, e quando o fez foi roubado pela
FIA. Está sendo batido sistematicamente nos treinos, embora a experiência o esteja
ajudando nas corridas. Melhorou nas corridas finais. O grande objetivo da
temporada é ao menos vencer umazinha porque a pressão é grande e, como o líder
da Ferrari, não está entregando o que deveria. O tetracampeão está mais em
cheque do que nunca.
Charles Leclerc – 8,0: começou prometendo ser o queridinho
da F1. Pole na segunda corrida e vitória quase garantida, perdida nas voltas
finais por um problema na Ferrari. Sendo apenas sua segunda temporada na
categoria e logo a primeira na equipe mais importante do grid, é natural
cometer alguns erros como na Alemanha e no treino de Baku. Ainda é muito
passional e precisa de experiência, principalmente para administrar o desgaste
dos pneus, além da malandragem, que parece ter aprendido após o chega pra lá que
levou de Verstappen e que acarretou mais uma vez em uma perda de vitória no
fim. O início é promissor, talvez sendo questão de tempo para o monegasco
tornar-se oficialmente o líder que a Ferrari precisa, mas tudo no tempo certo.
RED BULL:
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Max Verstappen – 9,5: outra temporada perfeita. Regular,
veloz, selvagem e aproveitando todas as oportunidades que surgem nas
circunstâncias, Max completa um ano de absoluta evolução na parte mental.
Finalmente amadureceu. O estilo agressivo sempre vai continuar ali, mas isso
não está sendo mais algo que o atrapalhe depois de três anos na equipe taurina.
Enquanto a Red Bull não lhe dá um carro capaz de brigar por títulos, certamente
o holandês vai aproveitar para brilhar na primeira oportunidade que aparecer.
Pierre Gasly – 5,0: o agora rebaixado a Toro Rosso é o pior
piloto da temporada na relação do carro que tem e o que apresentou até agora. A
única performance razoável foi o quarto lugar na Inglaterra, beneficiado pela
batida entre Vettel e Verstappen. Não se mostrou pronto para o desafio de guiar
em uma equipe grande, ainda mais com Max no auge. Como disse Christian Horner,
deveria estar brigando com Ferrari e Mercedes e não com Racing Point e Haas. No
segundo semestre, numa nova equipe, a missão é o psicológico não cair de vez.
Nada melhor que umas conversas com quem entende do assunto, como o agora
parceiro Daniil Kvyat.
RENAULT
Foto: Reprodução/Renault |
Daniel Ricciardo – 6,5: uma temporada decepcionante dos
franceses acaba acarretando em atuações discretas, isso quando não teve que
abandonar por problemas. Tirando o Canadá e uma ou outra corrida, o australiano
virou um coadjuvante. Ainda se adaptando a equipe mas pensando nas
possibilidades de 2021, o talento vai depender da melhora dos franceses, que
parece que regrediram em relação ao ano anterior. Até aqui, Ricciardo apostou
atirando na água, mas quem se importa diante da bolada que está levando? O
risco de ficar no limbo é enorme.
Nico Hulkenberg – 6,5: apesar da pontuação não mostrar isso,
o alemão é mais lento que Ricciardo. Diante de um carro instável, a
regularidade mascara isso. O problema é que Nico nunca se sobressai quando tem
a oportunidade. Mais uma vez, um erro o fez jogar tudo fora na Alemanha, talvez
a única. As especulações do meio de temporada apontam que talvez seus dias na
Renault estejam contados. Sair de uma equipe de fábrica pode significar o fim
de uma carreira que poderia ter sido mais do que foi. A missão do segundo
semestre é evitar isso.
HAAS:
Foto: RaceFans |
Kevin Magnussen – 5,5: impossível ser pior que Romain
Grosjean. O dinamarquês entrega alguns pontos mas mesmo assim são muitos erros
e desempenhos aquém do que os americanos precisam, principalmente agora que o
carro regrediu em meio a uma crise bizarra com o patrocinador charlatão. Não
sei se conseguirá fazer o suficiente para permanecer no time, visto que Gunther
Steiner está de saco cheio dos dois, mas torço para que ele permaneça pois é um
“personagem original”, que não se preocupa em ser carismático ou bonzinho,
sendo assim “diferente” do que a categoria se tornou: um antro de pilotos da
academia da equipe x ou filhos de bilionários entediados que brincam de ser
piloto.
Romain Grosjean – 5,0: faz uns dois anos que escrevo que ele
faz hora extra na F1. Erros de iniciante, trapalhadas, desempenhos pavorosos.
Assim como o compatriota Gasly, não há mais o que defender em sua passagem na
Fórmula 1. Não sei escrever se é impossível piorar, mas se tratando do suíço, é
melhor não duvidar. “Acho que seu tempo na F1 acabou. Até que foi bastante”
(essa foi do ano passado, lembram?).
Esta foi a parte um. Em breve, a segunda parte com a análise
dos pilotos restantes. Até mais!
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