Foto: Reprodução/Fernando Alonso.eu |
Acabo de completar 23 anos. Meu pai e meu irmão vieram aqui,
comemos pizza. Ganhei dois livros de presente.
A princípio, são muito interessantes: “A elite do atraso”, do Jessé de
Souza, e um do Mário Sérgio Cortella cujo nome não lembro agora e está muito
escuro e tarde para eu levantar e ver. A velha preguiça. Quase dois anos
depois, estou aqui de volta para fazer um balanço de como as coisas estão.
Ao contrário do que esperava, Kimi e Alonso seguem. Ou, não
tão contrário assim, pode ser suas últimas temporadas. Alonso já disse que se
despede no fim do ano. O ponto central do texto. Quando comecei a escrever,
tudo se motivava em perceber como as saídas de Button e Massa (essa só, de
fato, no ano passado) mostravam que a F1 e a minha vida estavam caminhando para
um novo momento.
Tinha acabado de me mudar de residência. Primeiros dois
meses, mas já pareciam mais. Agora, são mais de dois anos. Parece mais do que
já. Aqui, concluí os semestres que faltavam. Me formei. Uma etapa concluída.
Parecia o fim da fase de estudos e de um destino guiado desde pequeno. Quis o
destino, minhas decisões e a consequência delas que voltasse para a sala de
aula. Curso técnico. Necessário o DRT para trabalhar. Comecei uma nova língua,
estou tentando aprender a falar em italiano. Inglês parecia mais fácil no
início, mas vamos lá.
A saída de Alonso é mais um passo rumo ao final definitivo
de um capítulo da minha vida: o do estudo acadêmico,acompanhado desde Canoas
até agora. Sem ele e Raikkonen, eu e a F1 estaremos começando um novo ciclo e
procurando por novos desafios, assim como a fênix.
Bom, talvez o curso técnico seja o último suspiro, tal qual
as permanências de Raikkonen e Alonso na categoria. Quem diria que o IceMan
seria o veterano mais longevo dos quatro, olhando lá de trás? Quem diria que
ainda estaria estudando e com um ano mais corrido do que o anterior?
Foto: Reprodução/Twitter |
Assim como na F1, não sei o que virá em diante. O simples e
óbvio é dizer que uma hora ou outra estarei empregado em algum lugar. Assim
espero. O que será da F1? Já temos Halo, um monte de modernidades e coisas
artificiais, mas cadê as verdadeiras mudanças? O equilíbrio financeiro, a
gestão responsável e o crescimento de quem está lá atrás? E os novos pilotos?
Vamos seguir acompanhando Vettel e Hamilton empilhando títulos até cansarem?
Aliás, os dois se encaminham para serem não só os mais vencedores como também
os mais longevos.
Estranho perceber que o primeiro negro da F1 e aquele que
parecia o Justin Bieber representam o que eu enxergava em Schumacher na
infância. Bom, dessa vez são dois grandes campeões na mesma geração, dois entre
os maiores de todos os tempos. Saudosismo em excesso? São as transformações da
vida.
Assim como Raikkonen, Vettel e Hamilton, talvez continue
estudando ou encontrando alternativas para seguir minha vida e minha carreira
(?). Estamos sem respostas e sim com muitas dúvidas, incertezas, inseguranças,
inquietações e ao mesmo tempo animação e ansiedade em descobrir o desconhecido.
Resta para eu e a F1 buscarmos essas respostas aos nossos anseios, lembrando o
passado que nos acompanha mas também buscando o que vai nos sustentar lá na
frente
.
Talvez pela primeira vez em muito tempo que nós estejamos
tão incertos. O que vai ser de nós em 2021? Hora de percorrer (ou continuar) o
caminho que me levará a essa resposta. Prometo não demorar a voltar. Quando
sentir as coisas igual eu estou sentindo agora, estarei pronto para descrever
tudo isso.
Até.
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