Aos poucos, aos passos de tartaruga, a F1 está voltando. Metade
das equipes já apresentaram seus carros para a temporada 2018 (a Red Bull, como
sempre, com uma pintura diferente para esconder os detalhes aerodinâmicos do
RB14), e vamos escrever sobre elas por aqui.
Antigamente os eventos de apresentação dos carros eram
recheados de pompa. Um grande evento, com vários jornalistas, uma coisa
sofisticada, a presença de toda a equipe e os pilotos em volta do carro, com
destaque do Globo Esporte no dia seguinte. Hoje, tudo se resume a um desenho no
paint com pintura provisória disponibilizado no site de forma fria, sem emoção.
E o pior: dessa vez com o Halo, que acaba enfeiando os bólidos. Essa desgraça é
o motivo da minha raiva compulsiva recente. Vamos ao que interessa.
Foto: Reprodução |
A Haas foi a primeira a apresentar o carro de 2018, que é
praticamente igual ao do ano passado, incluindo os dois pilotos. O VF-18 tem a
vantagem de aproveitar quase tudo o possível do que tinha na Ferrari ano
passado, em uma estratégia similar ao que a Sauber fazia na década passada,
quando tinha essa parceria com os italianos.
Foto: Reprodução |
Outra que não mudou nada em termos estéticos (a não ser uns
detalhes pretos no assoalho) foi a Williams, segunda a lançar seu bólido, o
FW41, que será guiado pelos possantes Lance Stroll e Sergey Sirotkin. A grande
novidade é que é o primeiro projeto assinado por Paddy Lowe, que chegou na
equipe ano passado. Ele contou com a
ajuda dos também contratados na temporada passada Dirk de Beer e o projetista
chefe Ed Wood. Uma pena que o potencial desse carro não será devidamente
explorado, pois os dois pilotos não irão conseguir extrair o melhor deles por
falta de braço. Ficará sempre um ponto de interrogação de qual o real potencial
da equipe de Grove no Mundial.
Foto: Reprodução |
A Red Bull apresentou o RB14 com uma pintura linda, porém
provisória. Com o objetivo de camuflar as novidades aerodinâmicas, as cores
originais devem aparecer somente nos testes de pré-temporada ou então só na
abertura da temporada, na Austrália. A grande mudança em relação ao ano passado
é o envolvimento integral de Adrian Newey desde o início. No ano passado, o “mago”
só ajudou no decorrer da temporada, quando os taurinos apresentaram diversos
problemas de confiabilidade e melhoraram apenas na parte final do ano. Agora, a
expectativa é que Verstappen e Ricciardo consigam fazer frente a Mercedes e
Ferrari logo no início, quem sabe até brigando pelo título.
Foto: Reprodução |
Com certeza a Sauber é a que está de cara nova. Ou nem
tanto, se considerarmos que o visual do carro tinha sido previamente mostrado
na cerimônia que oficializou a parceria entre Alfa Romeo e os suíços. Com
branco e detalhes vermelhos, o carro tem muitas semelhanças com o período da
parceria com a BMW (2006-2009) e também os bólidos do início da década
(2010-2012). Muito bonitos. Com o retorno da parceria técnica com os italianos,
o que inclui motores desse ano para a Sauber, a expectativa é que a equipe
deixe de ocupar as últimas posições. A grande curiosidade será saber como a
jovem promessa Charles Leclerc irá se portar em sua estreia na F1. Dependendo
do que acontecer, pode ser catapultado para a Ferrari já no ano que vem, no
lugar de Kimi Raikkonen.
Foto: Reprodução |
A Renault apresentou o carro mais bonito até aqui, na minha
humilde opinião. O RS18 de lado é preto com detalhes amarelos e de frente é
amarelo com detalhes pretos. Tomara que a estética seja agraciada com uma
temporada mais competitiva, que é o caminho gradual que os franceses buscam com
tanto investimento. O que irá ajudar dessa vez, certamente, é o fato de ter
dois pilotos. Hulkenberg e Sainz são consistentes. O primeiro parece fadado a
ser o sucessor de Nick Heidfeld. Será que o segundo terá estrela e capacidade
para brilhar no mesmo lugar em que o compatriota e ídolo sagrou-se bicampeão
mundial?
No próximo post, os outros carros restantes, que já devem
ser apresentados às vésperas dos primeiros treinos em Barcelona, a partir de 25
de fevereiro. Também farei um post sobre o retorno da Petrobras como
fornecedora de combustível, agora da McLaren, a partir do ano que vem. Até mais!
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