Foto: MotorSport |
Primeira parte: Grids
A Liberty está tentando agradar um público que, em sua grande maioria, não assiste F1. É a única justificativa para o fim das grid girls. É evidente que para a esmagadora maioria dos espectadores a presença delas ali não faz diferença nenhuma, até porque muitos (aka eu) ligam a TV e os carros já estão na volta de aquecimento. Isso se restringe aos presentes nos autódromos.
As grid girls ficaram indignadas, é claro. A presença em um evento de porte mundial como uma corrida de F1 pode avalancar carreiras, além de ser um bom pagamento, onde em muitos casos é a fonte de renda para essas garotas custearem seus estudos. Se elas estão lá é porque querem. A Liberty, ao tomar essa medida, tenta impor o que é ou não aceito no mundo do automobilismo e mexe mais uma vez em uma atração do automobilismo.
Não é a coisa mais relevante, mas o acúmulo delas preocupam: novo logo sem ninguém pedir, a polêmica das grid girls e, o pior de tudo, o halo. Isso sim é de matar. Pra ser sincero, esse apetrecho ridículo, aliado a improvável perspectiva de que as forças mudem essa temporada, me fazem estar muito pouco empolgado para o que virá, muito em breve, por aí.
Isso nos leva a próxima atitude cínica da Liberty Media.
Segunda parte: Kids
Foto: CNET |
A decisão foi tomada em virtude da repercussão das grid girls, isso é claro. Se pensarmos pelo mesmo raciocínio politicamente correto, posso escrever que essas crianças ficarão expostas o dia todo ao calor, em um ambiente que possui bebidas alcoólicas como patrocinadores e que isso pode influenciá-los a beber no futuro. Ridículo, né?
Segundo trecho publicado pelo Globo Esporte, "As crianças que acompanharão os pilotos serão escolhidas pelas federações locais, por mérito ou sorteio, com a ajuda dos promotores da prova, e precisarão já estarem competindo em karts ou categorias de monopostos. A ideia, dentro do possível, deve ser aplicada nas categorias de base, como a F2 e GP3. Os familiares receberão ingressos para acompanhar a corrida no domingo, com direito a entrada no paddock."
Ou seja: pelo que eu pude entender, as crianças escolhidas já estarão em contato com o mundo do automobilismo, pois estarão competindo. Ou seja, já são crianças que naturalmente gostam do esporte, independente de estar do lado do ídolo ou não. Outra: qual será o critério para que as crianças sejam escolhidas? Como que a Liberty vai conseguir atrair os jovens com tais medidas, halo, DRS, corridas com disputas falsas, dominância de uma só equipe, etc?
Eles que se virem. Por essas e outras que estou mais empolgado com a Indy.
Terceira parte: Kits
Foto: Blank/Indycar |
Com isso, espera-se que a turbulência diminua, o que pode facilitar aos pilotos na hora de acompanhar os rivais de perto para realizar as ultrapassagens. E o mais importante: não tem Halo!
Bom, tudo isso para escrever que, de forma até surpreendente, Pietro Fittipaldi assinou com a Dale Coyne para correr 7 das 17 etapas da Indy nesse ano. O campeonato começa dia 11 de março, no circuito de rua de St. Petersburg, na Flórida. A estreia de Pietro será no dia 7 de abril, no oval de Phoenix. Depois, o brasileiro participará das duas provas em Indianápolis, no circuito misto (12 de maio) e no oval da Indy 500 (29 de maio). Revezando o cockpit com o canadense Zachary Claman DeMelo, Pietro ainda disputará as provas do Texas (oval, dia 9/6), Mid Ohio (misto, 29/7), Portland (misto, dia 2/9) e a grande final da temporada no misto de Sonoma, em 16 de setembro.
Na semana passada, Pietro fez alguns testes em um carro da Indy Lights. Dias depois, recebeu o convite de Dale Coyne para fazer outro teste, agora com a Indy. Assim ele foi escolhido para ser um dos companheiros de equipe de Sebastièn Bourdais.
Teremos quatro brasileiros na Indy nessa temporada: Leist e Kanaan na temporada completa e companheiros de A.J. Foyt, enquanto Pietro irá disputar sete etapas e Hélio Castroneves apenas a Indy 500 pela Penske.
Foto: Divulgação |
De resto, bom carnaval para vocês. Se cuidem. Até!
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