Foto: Getty Images |
Vettel fez o que pode. Largou melhor e assumiu a ponta, mas foi ultrapassado na sexta volta. Teve que fazer uma segunda parada para garantir o segundo lugar. Se a Ferrari não tem forças para competir nos treinos, na corrida o assunto é outro. São combativos, mas claramente a Mercedes evoluiu durante a temporada nesse quesito. Quem também encostou foi a Red Bull.
O azar de Verstappen se transferiu para Ricciardo. Abandonou logo no início com vazamento de óleo. Coube somente para Max o papel de brilhar em Austin. Largando em 16°, em virtude de uma série de punições dele e de outros pilotos, o holandês ultrapassou rapidamente a todos e se viu na disputa pelo pódio. Max deixou para trás uma Ferrari e uma Mercedes. Imagina se a Renault fizesse um motor um pouquinho melhor...
Foto: Reprodução |
Aí vem a polêmica: o piloto do dia passou Raikkonen nas últimas curvas e garantiu a terceira posição. Pilotagem premiada com uma manobra sensacional! É, mas a FIA não pensou dessa forma. No entendimento dos comissários, Max cortou caminho na curva e ganhou vantagem no momento da ultrapassagem. Com isso, ele foi punido com o acréscimo de cinco segundos e perdeu o lugar no pódio para Kimi Raikkonen, visivelmente constrangido (e nem aí, como sempre) em substituí-lo no "cantinho dos três primeiros".
De óculos escuros no pódio. Foto: Getty Images |
Pretendo me alongar mais sobre o assunto no post de amanhã, então vou tentar ser claro: durante todo o fim de semana os pilotos utilizaram as áreas de escape para ganhar vantagem, seja nos treinos ou para ganhar e defender as posições na corrida e ninguém foi punido. Max utilizou essa brecha e executou uma manobra primorosa. Entretanto, foi o único punido. Injusto, ao meu ver. Desde sexta-feira as coisas deveriam ser claras, oito ou oitenta: ou pode tudo ou não pode nada. Falta critério para a FIA. Se a Liberty faz de tudo para tornar a F1 um produto atrativo, a FIA faz tudo ao contrário, limitando os pilotos em meros bundões robotizados. Roubaram um pódio de Verstappen. Lembrei que o Raikkonen devolveu o troféu de vencedor pro Fisichella na corrida seguinte em 2003. Seria legal que fizesse o mesmo ato. Claro que são contextos completamente diferentes e o finlandês não tem nada a ver com isso. Apenas lembrei do momento.
Bottas vive um momento preocupante. Depois de uma primeira metade de temporada surpreendentemente boa, o #77 voltou das férias muito mal. Era para ter largado na primeira fila. Na corrida, foi apático e ultrapassado de todas as formas. O passão de Vettel foi constrangedor. Sinal amarelo para ele, que renovou somente por uma temporada. Com uma indefinição para as temporadas seguintes, a batata de Bottas pode estar começando a assar em uma briga para se manter nas flechas de prata, tetracampeões de construtores, para 2019.
Carlos Sainz teve uma grande estreia pela Renault. Foi combativo, brigou até o fim e fez boas ultrapassagens para marcar os primeiros pontos pelos franceses, ajudando a equipe nessa reta final de campeonato para conquistar mais dinheiro da premiação para o desenvolvimento do carro no ano que vem. Hulkenberg abandonou logo no início com problemas no carro, que estava com componentes novos visando 2018. Não deu certo. Logo na primeira corrida, Sainz já superou Hulk, que volta a ter um companheiro de equipe qualificado. Essa disputa será muito boa. De quebra, em uma corrida Sainz igualou Palmer. Isso diz tudo.
Foto: F1 Fanatic |
Alonso mais uma vez teve um motor Honda no seu caminho que o impediu de pontuar. Calma, Fênix: agora, faltam só três provas para seu martírio terminar!
Sensacional o ritual pré-corrida tipicamente americano, com a introdução dos pilotos feitos por Michael Buffer e a presença de várias celebridades, inclusive o agora ex-atleta Usain Bolt, que deu a bandeirada na hora da volta de apresentação e foi o entrevistador no pódio. Que a F1 trate mais suas corridas, principalmente as decisivas, tradicionais e de maior mercado como um verdadeiro show, mas sem esquecer suas raízes europeias e esportivas.
Foto: Getty Images |
A F1 volta já na semana que vem, no Grande Prêmio do México, nos dias 27, 28 e 29 de outubro. Até lá!
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