Foto: Red Bull/Getty Images |
Com a Fórmula 1 de férias, blog traça um exercício de
futurologia para tentar desvendar o destino dos pilotos para a próxima
temporada. Hoje, começaremos com os pilotos jovens: Estreantes, de pouca idade
que estão e não estão na F1, além da análise do desempenho deles até aqui nessa
primeira parte do ano.
Considerando que Max Verstappen já está com o futuro
garantido na Red Bull pelos próximos dois ou três anos, vamos seguir a lista
com quem está com o futuro indefinido:
P.S: O texto foi finalizado antes do anúncio de Ocon no
lugar de Haryanto na Manor. Vamos lá!
Foto: XP8 Images |
VALTTERI BOTTAS: Com
26 anos e rumo à quarta temporada completa na F1 (sem contar 2012, quando andou
bastante com o carro de Bruno Senna nos Treinos Livres), o finlandês já esteve
com melhor fama no paddock. Para muitos, era a bola da vez para ir à Ferrari
substituir Raikkonen no ano passado. Prestes a derrotar seu companheiro de
equipe pela terceira vez, está “invicto” na carreira nesse quesito (também
derrotou Maldonado em sua estreia, na temporada de 2013). Sua queda de
desempenho é fruto da decadência da Williams, que piorou nos últimos anos ao
não conseguir melhorar a aerodinâmica do carro, sendo refém do ótimo motor
Mercedes. O futuro do bom (mas nada espetacular) piloto finlandês é a provável
renovação com a escuderia de Woking e formar parceria com o eterno Jenson
Button. Por outro lado, surge a especulação de que teria recebido uma proposta
da Renault para o ano que vem. Sendo uma equipe de fábrica, o melhor para
Bottas seria rumar para a equipe francesa, se essa proposta de fato existir,
pois eles possuem mais recursos e, portanto, condições de se desenvolver em
relação ao time do simpático Frank e sua filha chefe Claire Williams.
FOTO: NDTV Sports |
SÉRGIO PÉREZ: O
mexicano de 26 anos já esteve com a batata muito assada no paddock após a mal
sucedida passagem na McLaren, em 2013 (não por culpa dele). Ainda assim,
recebeu um voto de confiança e rumou para a Force India no ano seguinte.
Enquanto muitos achavam que seria trucidado por Hulkenberg, Checo provou do que
é capaz, voltando aos velhos tempos de Sauber, quando chamou a atenção de
todos. Embora tenha sido derrotado na primeira temporada, a sua evolução é
nítida. Com quatro pódios em três anos,
Pérez conseguiu levar a Force India a feitos incríveis. Parece estar no seu
melhor momento na carreira, depois dos terceiros lugares em Mônaco e Baku, onde
chegou a fazer o segundo tempo na classificação, mas largou em sétimo por causa
de uma troca de câmbio. Suas atuações foram muito elogiadas e foi o “bola da
vez” de 2016 para ir à Ferrari. A nova renovação de Kimi frustrou os planos de
Checo, ex-membro da academia de pilotos da Ferrari. Apesar de Vijay Mallya
confirmar a manutenção do mexicano para o ano que vem, Pérez diz que seu futuro
é incerto. Williams e Renault estão de olho no seu talento. Como escrevi para
Bottas, a oportunidade de crescer em uma equipe de fábrica é tentadora. Aliás,
essa seria uma dupla muito interessante para os franceses: Dois pilotos
regulares, em busca da primeira vitória na carreira e com bastante tempo de
carreira para tentar levar a Renault ao topo no longo-prazo.
Foto: XP8 Sports |
CARLOS SAINZ JR: Talvez com o futuro mais “tranquilo” em
relação aos jovens listados nesse texto. Depois de ser batido por Max
Verstappen no ano passado na Toro Rosso, conseguiu melhorar seu desempenho
nessa temporada. É verdade que o bólido evoluiu e o espanhol sofreu (e ainda
sofre) com problemas técnicos provenientes do antigo motor Renault e do
defasado da Ferrari do ano passado. Com a saída de Max, passou a ter seu
trabalho mais percebido pelo paddock, ainda mais quando passou a bater de forma
constante o apático Kvyat. Tal desempenho chegou a chamar a atenção de Ferrari
e Renault, e os taurinos trataram de renovar contrato com o espanhol, que deve
seguir na equipe filial por, no mínimo, mais dois anos. É um bom piloto, mas
dependerá de acontecimentos externos para que, um dia, possa ascender a
equipe-mãe Red Bull.
Foto: The Telegraph |
DANIIL KVYAT: Ao contrário de seu companheiro de equipe, seu
futuro é negro na categoria. Talvez nem termine a temporada. Com dois pódios na
Red Bull em duas temporadas, foi do céu
(2° lugar na China) ao inferno (quando bateu duas vezes em Vettel e foi
rebaixado por Helmut Marko). O russo admitiu que perdeu o prazer de pilotar
depois desse episódio, e seus resultados (ou a falta de) comprovam. A sombra de
Pierre Gasly está lhe atormentando no presente e no futuro. Kvyat está
deprimido e depressivo (redundância desnecessária mas achei de bom tom
reafirmar). Se não sair do fundo do poço, seu futuro na F1 estará acabado aos
22 anos de idade e se juntará ao “Hall de Chutados da Red Bull” junto com
Buemi, Klien, Bourdais, Alguersuari (esse inclusive já se aposentou, com 24) e
Vergne. Reage, Kvyat!
Foto: XP8 Images |
KEVIN MAGNUSSEN: Também com futuro incerto. Diante de uma
Lotus 2015 travestida de Renault, marcou apenas seis pontos. Apesar de sofrer com as limitações do carro,
muita gente pensa que o dinamarquês é capaz de fazer mais. Mesmo jovem,
teoricamente é o “líder” da equipe nesse ano. Com experiência na McLaren, anda
errando demais, principalmente nos qualyfings (batido em algumas ocasiões por
Palmer) e nas corridas (acidentes que causam punições). Com um carro ruim, será
difícil fazer mais do que está fazendo, mas ainda é pouco para a grandiosidade
que a Renault deseja nesse retorno à F1. Lembrando que ele substituiu Maldonado
de última hora. Sendo realista, dificilmente o dinamarquês permanecerá na F1.
No máximo, talvez como um segundo piloto, mas não como protagonista de uma
equipe grande e com grande capacidade de investimento.
Por enquanto é só pessoal. A Parte 2 sairá em breve! Até mais!
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