quinta-feira, 11 de novembro de 2021

GP DE SÃO PAULO: Programação

 O Grande Prêmio do Brasil é disputado desde 1972 (1973 na F1), sendo realizado em Interlagos (1972-1977, 1979, 1980, 1990-2019, 2021-atualmente) e já foi sediado em Jacarepaguá (1978, 1981-1989).

Após o cancelamento do Grande Prêmio do Brasil de 2020 em decorrência da Pandemia de COVID-19 e uma série de incertezas sobre a permanência do evento em Interlagos, o então governador do estado de São Paulo confirmou, em novembro de 2020, a renovação do contrato com a Fórmula 1 até 2025.

 Entretanto, a corrida realizada em Interlagos passou a ser oficialmente designada de Grande Prêmio de São Paulo, em virtude do acordo mal-sucedido entre a Rio Motorsports e a F1 para a construção do Autódromo de Deodoro, que não vai mais acontecer, mas que a empresa adquiriu o direito do nome "Grande Prêmio do Brasil" pelos próximos anos.


ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Valtteri Bottas - 1:10.540 (Mercedes, 2018)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:07.281 (Mercedes, 2018)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Alain Prost - 6x ( 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990)


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 312,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 293,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 185 pontos

4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 165 pontos

5 - Lando Norris (McLaren) - 150 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 138 pontos

7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 130,5 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 86 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 60 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 42 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 10 pontos

17- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 478,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 477,5 pontos

3 - Ferrari - 268,5 pontos

4 - McLaren Mercedes - 255 pontos

5 - Alpine Renault - 106 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 106 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 68 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 11 pontos

VAI SUCUMBIR

Foto: Reprodução/Alpine

Experiente em batalhas valendo o título e grande entusiasta dos jogos mentais, a opinião de Fernando Alonso nunca pode ser desconsiderada. Após mais uma vitória de Max Verstappen, no México, o asturiano declarou que Hamilton não vai aguentar a pressão do holandês na disputa do título por um motivo simples: Max não é Bottas.

“Se eu acho que Lewis vai sucumbir à pressão? Sim, graças ao Max. 100%. Quando Lewis só tem de lutar com seu companheiro de equipe Valtteri Bottas pelo título, está tudo ótimo. Agora, ele sente alguma pressão e tem problemas”, disse para o jornal holandês De Telegraaf.

Alonso ainda completou afirmando que está gostando da disputa intensa dos dois, mas que ninguém no momento é capaz de acompanhar o ritmo, nível e intensidade de Max.

“Eles estão em seu nível máximo todo fim de semana. Mas seja no clima úmido, seco ou com muito vento: a maneira como Max entrou na Red Bull e está bem lá, não acho que alguém seja capaz de fazer isso”, completou.

Bom, Alonso não conseguiu se dar bem nesse tipo de estratégia com o ainda novato Lewis lá atrás. É uma velha rivalidade. O próprio Max tem um quê de Alonso do passado: o jovem pronto pra desbancar um heptacampeão e começar a própria era na categoria. Talvez por isso a simpatia, também.

QUEM SERÁ?

Foto: Reprodução/Alfa Romeo

A Autosprint informa: Antonio Giovinazzi vai deixar a Alfa Romeo. A questão já está definida. Segundo a publicação italiana, a equipe suíça pretende revelar o parceiro de Valtteri Bottas no dia 16 de novembro, mais conhecido como terça que vem.

Diferentemente do que foi publicado semanas antes, Colton Herta está fora de cogitação. A negociação com a Andretti fracassou. Quem são os candidatos, então?

Segundo a Autosprint, o favorito é o chinês Guanyou Zhou, da academia da Renault/Alpine, apoiado por diversos patrocinadores. Nyck De Vries, apontado como favorito meses atrás, continua no páreo, assim como o jovem Théo Pourchaire, francês que faz parte da Academia de Pilotos da Sauber e Oscar Piastri, atual líder da F2 e também integrante da academia da Renault/Alpine.

Pelos nomes especulados, são todos jovens para a F1 e com experiência na F2/GP2. De Vries também é campeão da Fórmula E. Giovinazzi não confirmou em nenhum momento na F1 aquele piloto que despontou tão bem na GP2 em 2016. Uma pena. 

É mais um daqueles casos clássicos de quem vai bem na base e nem tanto no profissional. Infelizmente é do jogo. Zhou tem a força da China por trás. Todos são nomes talentosos e empolgantes, dado o contexto da Alfa Romeo. Será uma boa escolha, se tudo isso se confirmar.

TRANSMISSÃO:
12/11 - Treino Livre 1: 12h30 (Band Sports)
12/11 - Classificação: 16h (Band Sports)
13/11 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
13/11 - Corrida Classificatória: 16h30 (Band e Band Sports)
14/11 - Corrida: 14h (Band)

terça-feira, 9 de novembro de 2021

DIFERENÇAS

Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio

 Muita coisa mudou na F1 e, obviamente, no mundo desde a última vez que a categoria esteve em Interlagos. Depois de muita apreensão e a possibilidade de apostar em um circuito falcatrua no meio de uma área de preservação ambiental, a F1 pensou melhor e continuamos com a programação normal: chegou a semana da corrida em Interlagos!

Algumas diferenças sutis, outras nem tanto: se alguém falasse em 2019 que a corrida seguinte da categoria seria transmitida sem Galvão Bueno e na Bandeirantes, certamente seria chamado de louco e pedido para ser internado. Pois bem, a curiosidade é saber se a emissora paulista vai conseguir fazer uma cobertura diferente da Globo. O desafio ajuda: de forma inédita nos últimos anos, a corrida em solo brasileiro vale muito: há disputa entre Max e Lewis e isso deve ser explorado além, claro, de Ayrton Senna.

Outra é a nomenclatura: a guerra com o governo federal e a tal Rio Motorsports que queria levar a corrida para Deodoro teve consequências. Como eles adquiriram o nome "GP do Brasil" por um bom tempo, restou o governo estadual paulista em renomear para Grande Prêmio de São Paulo, tal qual Abu Dhabi e Cidade do México (sim, só descobri hoje que a nomenclatura oficial era GP da Cidade do México!)

Teremos também, pela primeira vez aqui e a última no ano, a corrida classificatória. Ao menos vai agitar os três dias de evento. A previsão para o final de semana é de frio e chuva, como sempre. Diferentemente da chatice de Monza e Silverstone, Interlagos pode ser diferente justamente porque é Interlagos e nada mais. Sempre bom lembrar: são pontos que podem fazer a diferença no final.

Por último e não menos importante, uma despedida, um retorno e uma estreia importante: é a última vez de Kimi Raikkonen no país. Desde 2001 e com pausas em 2010 e 2011, o finlandês sempre esteve na Terra da Garoa, onde conquistou o título mundial em 2007. Vai ser um momento e tanto. Teremos, é claro, o retorno de Don Alonso a Interlagos, onde foi bicampeão e sofreu aquele forte acidente em 2003. Além disso, um Schumacher está de volta. Michael se despediu em 2006 e 2012 e agora, quase uma década depois, Mick vem pela primeira vez para continuar o legado da família.

Entre tantos outros fatores, a corrida em Interlagos desse final de semana terá muitas diferenças e novidades para fãs, imprensa e as equipes.

Até!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

NA HORA CERTA

 

Foto: Getty Images

Sérgio Pérez era um dos personagens da semana por questões óbvias. Era o herói local e tinha grandes chances de fazer história, brigando pelo pódio ou uma vitória improvável. E conseguiu. 372 mil mexicanos estiveram no Hermanos Rodríguez juntando os três dias e foram recompensados. Pérez é o primeiro mexicano a ficar entre os três primeiros na corrida da casa. 

Um feito e tanto, que nos relembra o período onde tínhamos pilotos mas só aceitávamos a vitória. O terceiro lugar de Rubinho em 2004 foi como uma derrota, enquanto que o último pódio com Massa, em 2015, foi bacana.

Como escrevi há algumas semanas, o fiel da balança na briga pelo campeonato seria o desempenho de Pérez e Bottas. O finlandês foi pole e está mais regular. No entanto, o mexicano que começou bem, venceu e depois voltou a instabilidade, agora voltou a ter um desempenho ascendente, fazendo o que se espera de um piloto da Red Bull: incomodar a Mercedes, principalmente Hamilton, coisa que ele fez ontem.

A vitória no México de certa forma garantiu a renovação bem cedo, além do fato de a Red Bull estar muito longe de ter um jovem piloto na academia apto para ser alçado a equipe principal. Tsunoda parece ter permanecido na Alpha Tauri pelo mesmo motivo e com aviso prévio, então as circunstâncias também ajudam.

Além do mais, 2022 é ano de novo regulamento, e a experiência de alguém que está na categoria há mais de dez anos é muito bem vinda. Pérez cresceu na hora, para a alegria do povo mexicano e desse humilde jornalista, que sempre foi fã do Checo desde os tempos de Sauber quando usou um capacete em homenagem ao Chapolin.

Até!

domingo, 7 de novembro de 2021

LARGADA PARA O TÍTULO

 

Foto: Getty Images

A corrida de Hermanos Rodríguez seria decidida na largada, e assim foi. No sábado, a Mercedes tirou um coelho da cartola e a Red Bull se atrapalhou. O troco veio antes mesmo da primeira curva.

A reta longa na largada podia permitir o vácuo e isso que aconteceu. Max Verstappen se livrou das duas Mercedes. Bottas, o pole, no meio do caminho foi acertado por Ricciardo e os dois ficaram próximos praticamente a corrida inteira. O finlandês só serviu, depois de muitas tentativas, para roubar o ponto de volta mais rápida de Max. Corrida definida.

Dali em diante, Max só teve a tranquilidade para vencer pela 9a vez no ano e abrir 19 pontos de vantagem para Hamilton. O inglês sofreu, fez o que pode e conseguiu reduzir os danos, ficando em segundo. Pérez queria a dobradinha mas ainda assim conseguiu um feito histórico: o primeiro mexicano na história a fazer pódio no país. Nem os Hermanos Rodríguez conseguiram tal feito. Festa dele, da torcida e principalmente do pai, acompanhado do neto. Uma linda cena que coroou toda a festa e ânimo do público mexicano durante o final de semana. O público merecia um circuito mais emocionante, aliás.

Foto: Getty Images

De resto, a corrida não teve emoções, mas sim destaques. Gasly, mostrando a força da Honda em um ótimo quarto lugar. A Ferrari, cada vez mais sólida com Leclerc e Sainz, ultrapassando a McLaren nos construtores e em queda livre, que somou apenas um ponto. Além deles, os veteranos em uma grande tarde: Vettel, Raikkonen e Alonso no top 10. Sempre bom frisar que pode ser os últimos pontos do IceMan na carreira, agora faltando quatro etapas para o fim.

Em Interlagos, a vantagem também é da Red Bull, mesmo com menor altitude em relação ao México. O retrospecto de Hamilton também não é bom, mesmo se sentindo em casa. Semana que vem, nós podemos estar testemunhando a continuação do trajeto de Max Verstappen rumo ao título. Em linhas racionais, parece cada vez mais difícil evitá-lo. É possível acreditar somente, é claro, no imponderável: um acidente, um problema no carro, uma troca no motor que Max provavelmente vai fazer até o fim...

No México, Max começou de fato a largada rumo ao título inédito.

Confira a classificação final do GP do México:


Até!

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

A CHANCE DE MAIS UM PASSO

 

Foto: Getty Images

A F1 volta ao México mostrando que, a princípio, a Red Bull mantém o ótimo desempenho que vinha tendo na Cidade do México nos últimos anos, apesar da última corrida no Hermanos Rodríguez ter sido vencida por Lewis Hamilton.

Apesar do primeiro treino ter Valtteri Bottas como o mais veloz, estava todo mundo se adapatando e emborrachando a pista. No TL2, com condições melhores e os carros também fazendo stints, Max Verstappen sobrou. É claro que não podemos descartar que a Mercedes ressurja quando realmente valer. Os alemães estavam bem confiantes durante a semana.

Piloto da casa, Pérez não tem um bom histórico, mas vai brigar pelo pódio. No primeiro treino, rodou na última curva e danificou a traseira, assim como o Leclerc. Russell e Ricciardo não participaram do TL2 com problemas no câmbio. Assim como a Red Bull, a Alpha Tauri com o motor Honda apresenta um desempenho muito satisfatório e vai brigar pelas primeiras posições. Na disputa particular com a McLaren, a Ferrari parece em vantagem, enquanto os ingleses apresentam uma queda no desempenho.

Se a Mercedes tem potencial para crescimento e surpreender nós saberemos a partir de amanhã, mas do jeito que as coisas andam, a Red Bull, Max Verstappen e Sérgio Pérez têm grandes possibilidades de terem um final de semana triunfante no México, aumentando a vantagem no campeonato e se aproximando do título mundial.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!


quinta-feira, 4 de novembro de 2021

GP DO MÉXICO: Programação

 O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria. Em 2020, o circuito ficou ausente em virtude do Coronavírus, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)

Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:14.759 (Red Bull, 2018)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Jim Clark (1963 e 1967), Alain Prost (1988 e 1990), Nigel Mansell (1987 e 1992), Max Verstappen (2017 e 2018) e Lewis Hamilton (2016 e 2019) - 2x


CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 287,5 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 275,5 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 185 pontos
4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 150 pontos
5 - Lando Norris (McLaren) - 149 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 128 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 122,5 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 74 pontos
10- Fernando Alonso (Alpine) - 58 pontos
11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos
12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 36 pontos
13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos
15- George Russell (Williams) - 16 pontos
16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 6 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 460,5 pontos
2 - Red Bull Honda - 437,5 pontos
3 - McLaren Mercedes - 254 pontos
4 - Ferrari - 250,5 pontos
5 - Alpine Renault - 104 pontos
6 - Alpha Tauri Honda - 94 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 62 pontos
8 - Williams Mercedes - 23 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 7 pontos

MAMA ÁFRICA

Foto: Getty Images

Com o calendário 2022 definido e cada vez mais cheio de corridas, Lewis Hamilton tem um desejo pessoal.

Apesar da F1 optar pelos mercados do Oriente Médio e agora dos Estados Unidos, o heptacampeão gostaria do retorno de uma corrida na África do Sul, que já sediou corridas entre 1968 e 1993.

“O lugar que eu realmente sinto que pertence ao meu coração e que é muito importante para mim é a África do Sul. Acho que há muito interesse por aí, e seria ótimo poder destacar o quão bonita é a Pátria-mãe”, disse Hamilton, em entrevista coletiva.

De fato, a África é o único continente sem corridas desde então. A popularidade de Hamilton e o significado histórico seriam muito importantes para voltar a fomentar a categoria por lá. Vai depender, é claro, do interesse da Liberty e do próprio país, além da grana, é claro.

Bom, se dependesse da Liberty, só teríamos corridas no Oriente Médio e nos Estados Unidos, de preferência nas grandes avenidas e centros urbanos.

WILLIAMS SEM TESTES

Foto: Reprodução/Williams

Com um novo regulamento a partir do ano que vem, a construção dos carros será diferente, incluindo pneus de 18 polegadas. Após o final da temporada, os testes de Abu Dhabi vão servir para justamente testar os pneus nesse carro "teste" (ou "mula", como é chamado), mas terá a ausência da Williams.

A justificativa é simples: a equipe ainda não tem pronto um modelo do novo carro, segundo Dave Robson, chefe de performance da equipe.

“Infelizmente, não faremos nada. Não testaremos lá porque não temos um carro de teste e isso nos impede de participar. Meu entendimento é de que se você não tem um carro para testes, você não está permitido a participar. Então, não estaremos lá”, disse.

A razão é financeira. A Williams, ainda em recuperação, entendeu que não valia o esforço para construir um carro até dezembro. São escolhas e com consequências: a equipe já admite começar 2022 em desvantagem.

“O que perderemos? Provavelmente começaremos os testes de inverno um pouco atrás, eu acho. Mas eu espero que, se o carro estiver andando bem, nós estejamos prontos para alcançá-los rapidamente. Gostaríamos de estar no teste, mas não estamos. De qualquer jeito, não estaremos muito atrás quando as corridas começarem”, frisou.

Escolhas, escolhas. Ficar atrás logo no início de um novo regulamento técnico signfica, em tese, um exercício penoso para correr atrás do prejuízo. Só ver que apenas em 2021 a Mercedes está, de fato, com chances de perder o título de pilotos para outra equipe. A Williams parece ciente dos riscos, vamos ver quem será o profeta.

TRANSMISSÃO:
05/11 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
05/11 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
06/11 - Treino Livre 3: 14h (Band Sports)
06/11 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
07/11 - Corrida: 16h (Band)


terça-feira, 2 de novembro de 2021

ESTAMOS MAL ACOSTUMADOS

 

Foto: Getty Images

Estamos vivendo um final de ano como há muito não se via na F1. Dois pilotos de duas equipes diferentes brigando pelo título até a última corrida. A última vez que isso aconteceu foi em 2012, há quase dez anos, quando a Red Bull de Sebastian Vettel triunfou diante da Ferrari de Fernando Alonso aqui em Interlagos.

Desde então, Vettel conquistou o tetra de forma esmagadora e vimos a Mercedes dominar a era híbrida. Desde 2014, apenas nesse ano e em 2016 chegamos a corrida final com o título em aberto. Em 2014, é bom frisar, apenas porque existiu a infame regra da pontuação dobrada, que manteve Rosberg vivo no campeonato mas Hamilton foi campeão sem maiores problemas.

Portanto, 2016 foi a última vez que vimos essa indecisão até a última volta. A diferença é que ali eram carros da mesma equipe. Agora, uma disputa entre duas. Max Verstappen e Lewis Hamilton podem premiar a melhor e mais emocionante temporada da F1 justamente desde 2012, há quase uma década.

É normal períodos de domínio e dinastias avassaladoras. Na década passada, ainda na Era Schummi, tivemos decisão em 2003 e em 2006. No pós-Schumacher, talvez os campeonatos mais emocionantes de todos os tempos. Em 2007, o título improvável de Kimi Raikkonen. 2008, a maior decisão de todas: Massa, Hamilton, Glock... e vocês já sabem o que aconteceu.

2010, quando quatro pilotos tinham chances matemáticas de título, até hoje inédito. E aí chegamos em 2012. A era híbrida, com poucos testes, fez a Mercedes nadar sozinha praticamente sete anos. A Ferrari tentou encostar, mas não tinha o equilíbrio e a constância que hoje possui a Red Bull.

Ano que vem muda tudo e ainda tem o teto orçamentário. É possível afirmar que, quem largar melhor, vai colher os frutos por um bom tempo. Se alguém se desenvolver muito melhor que os outros tal qual a Mercedes fez, podemos ter uma nova era de dominância.

Escrevo tudo isso para chegar a conclusão que, infelizmente, estamos mal acostumados. Nessa época do ano, tudo já estaria definido e seria um clima de férias. Não dessa vez. Vamos desfrutar. Vai saber quando duas ou mais equipes e pilotos vão chegar nesse estágio num equilíbrio e suspense tão grande quanto em 2021.

Até!