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É praticamente impossível comparar esporte tão longevo sob o
mesmo critério. Os tempos mudam, as circunstâncias e contextos também, assim
como a tecnologia.
Na F1, não dá para comparar os anos 1980 com os anos 1950 e
1960, assim como não são comparáveis os anos 1990 com os atuais. Tudo é
subjetivo, a tecnologia muda, os regulamentos também, então depende muito do
critério, de puxar a sardinha para cada brasa e também a dose de saudosismo. O
meu tempo é sempre melhor que os dos outros, e por aí vai.
Os números absolutos também são relativos. Por exemplo,
antigamente eram poucas corridas (quando o calendário teve 16, passou a ser
muito!). Com um equilíbrio maior entre os carros e mais quebras em virtude do
menor desenvolvimento tecnológico, era muito raro empilhar tantas vitórias no
ano ou em campeonatos consecutivos.
As coisas começaram a mudar justamente no final dos anos
1980, quando as hegemonias começaram a ganhar força. Você sabe: McLaren Honda,
depois a Williams, Ferrari de Schumacher, Red Bull de Vettel, Mercedes de
Hamilton e agora a Red Bull de Verstappen.
Todo esse contexto explica porque, tão jovem, Verstappen já
está entre os cinco maiores vencedores da história da categoria e provavelmente
será top 3 em menos de um ano. Com 26 anos. Uma loucura. Os motivos, além do
talento excepcional, são: precocidade (pilotos estreiam cada vez mais jovens; o
próprio Max entrou na categoria sendo um menor de idade), maior tempo de
hegemonia e mais corridas para ganhar numa mesma temporada quando tiver um
carro dominante ou muito bom.
Os grandes da história se valeram de todos esses aspectos.
Só ver a lista, os números e as hegemonias. A diferença é que uns tiveram mais
tempo no topo do que outros.
Listas são relativas. Números são números. Eles não falam
tudo. É por isso que existem as discussões sobre quem é o melhor piloto da
história, se é Senna, Schumacher, Fangio, Clark, Hill ou Jackie Stewart. Como
comparar eras diferentes? É possível?
A discussão não é essa, e sim que as pessoas não devem se
impressionar ou achar um absurdo quando pilotos alcançam marcas tão
impressionantes ainda tão jovens. É a F1. Os novos e atuais tempos. Um esporte
cada vez mais precoce e para jovens. No entanto, engana-se que é qualquer um
que pode acrescentar tais estatísticas. A lista mostra por si só. A história
também.
Até!
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