sexta-feira, 30 de outubro de 2020

GP DE EMÍLIA ROMAGNA: Programação

 O Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari recebeu corridas da Fórmula entre 1980 e 2006. Desde 1981 era realizado o Grande Prêmio de San Marino. Em 2020, em virtude da pandemia de Coronavírus, o autódromo volta para o calendário para sediar o GP de Emília-Romagna, região onde fica o autódromo na cidade de Ímola.

Foto: Wikipédia

EU TÔ AQUI

Foto: Reprodução/Alpha Tauri

Depois de mais uma grande corrida na temporada, onde chegou em quinto depois de largar em nono, Pierre Gasly falou sobre o futuro. Com a indefinição na Red Bull, o francês, vencedor do GP da Itália, lembrou que é o piloto que mais pontuou com a Alpha Tauri: agora são 63, a mesma quantidade que no ano passado, quando estava com a Red Bull.

"Vamos ver… Ao final de tudo, é a Red Bull quem decide para onde vai cada piloto. Vamos ver o que acontce comigo. O que posso fazer é entregar bons resultados. E marquei mais pontos com a AlphaTauri do que qualquer outro”, disse.

Helmut Marko admitiu que, caso não siga com Albon, a tendência é buscar por pilotos de fora da academia de pilotos, o que deixa Pérez e Hulkenberg em boa situação. É inegável que Gasly merece retornar para onde estava, fez por merecer, os resultados estão aí. 

A questão é: a Red Bull o merece de volta? Talvez o francês tenha que olhar para outros horizontes, tal qual Sainz fez. Como já escrito antes, talvez a vaga que Gasly realmente precisa disputar no curto prazo é a Renault/Alpine, sendo independente.

ATUALIZAÇÃO: foi confirmado que Pierre Gasly continua na Alpha Tauri por mais uma temporada.

23 EM 2021

Foto: Getty Images

Ainda não é oficial, mas segundo a revista alemã Auto und Motor Sport, a ideia da F1 no ano que vem é de ter 23 etapas, com o retorno das corridas que foram canceladas neste ano.

A temporada começaria dia 21 de março na Austrália, em Melbourne. No entanto, apenas 19 dos 23 circuitos estariam confirmados. Há um grande ponto de interrogação sobre as presenças de Estados Unidos, México, Brasil e até Arábia Saudita, que entraria no calendário com um circuito de rua em Jeddah.

Na boa? 23 etapas com essa Fórmula 1 sem graça seria tortura para quem trabalha e quem assiste. É supervalorizar e também tirar a importância de um Grande Prêmio, fazendo ele acontecer em todas as semanas. Nunca pensei que pudesse dizer isso, mas antigamente quando tinha 15, 16, até 18, estava ótimo. 

Qual a perspectiva pra 23 etapas com um campeonato de um carro só? Inflar ainda mais os números de Hamilton? Isso é loucura. 

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 256 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 179 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 162 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Renault) - 80 pontos
5 - Charles Leclerc (Ferrari) - 75 pontos
6 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 74 pontos
7 - Lando Norris (McLaren) - 65 pontos
8 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 63 pontos
10- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 59 pontos
11- Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 40 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 18 pontos
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 14 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 2 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 435 pontos
2 - Red Bull Honda - 226 pontos
3 - Racing Point Mercedes  - 126 pontos
4 - McLaren Renault - 124 pontos
5 - Renault - 120 pontos
6 - Ferrari - 93 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 77 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 5 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO





quinta-feira, 29 de outubro de 2020

PASSO PARA O LADO


Foto: Getty Images

 Está confirmado que Pierre Gasly continua mais uma temporada na Alpha Tauri. Vencer uma corrida pela equipe satélite, algo que somente Vettel fez lá em 2008, não será o suficiente para que o francês retorne para a equipe principal. 

Esse é um recado claro de Christian Horner e Helmut Marko. Se nessas circunstâncias Gasly não pode voltar, então certamente ele nunca mais vai guiar a Red Bull. O aviso ficou evidente: é melhor para o francês seguir o seu caminho em outros lugares. Igual um certo Sainz Jr fez quando percebeu que jamais iria para a Red Bull em detrimento de Verstappen.

Enquanto Marko e o chefão Franz Tost não param de encher Tsunoda de elogios, é óbvio que o japonês será o companheiro de equipe de Gasly na Alpha Tauri. O anúncio oficial será apenas no final do ano, quando Tsunoda confirmar o terceiro lugar na F2 e atingir os pontos necessários na Super Licença. 

Como me parece improvável que a Red Bull tenha brecado Gasly para permanecer com Albon, também é claro que o tailandês nascido e criado na Inglaterra vai dançar e ser demitido. Hulkenberg e Pérez brigam pela vaga de segundão de Verstappen o que, convenhamos, é um prêmio merecido para a carreira que ambos construíram.

Pierre Gasly dá um passo para o lado. Perde uma chance na Red Bull e continua estagnado e talvez sem motivação na Alpha Tauri pensando mais adiante, especificamente na Renault a partir de 2022. Tal qual Sainz, são boas as chances de ser negociado para lá: Ocon não convence, não é piloto da Renault, Gasly também é francês... Talvez os frutos sejam colhidos mais lá na frente, maduros e bonitos.

Até!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

MUITO ALÉM DA TAMBURELLO

 

Foto: Getty Images

Ímola virou sinônimo de morte, de tragédia, especialmente para nós brasileiros. É claro que a morte de Senna na Tamburello deixa marcas eternas na lembrança popular de todos, mesmo os que odeiam o esporte. Também teve a morte de Ratzenberger e os acidentes de Piquet e Berger, mas este post serve para mostrar que o Auódromo Enzo e Dino Ferrari é muito mais do que um cemitério e também teve histórias importantes de disputas, rivalidade e inimizade.

Começamos por 1982. A Ferrari tinha uma grande superioridade e era favorita para o título. Depois de Nelson Piquet e Keke Rosberg terem sido desclassificados da corrida anterior, no Brasil, a FOCA resolveu boicotar a corrida, que teve somente a participação das equipes de fábrica (Ferrari, Alfa Romeo e Renault) e mais quatro equipes que "amarelaram" na hora H e formaram um grid de só 14 carros.

Na pista, as Ferrari assumiram a ponta após as duas Renault quebrarem. Com uma grande possibilidade de fazer uma dobradinha, algo que não acontecia desde Itália-1979, a Ferrari pediu que os pilotos se acalmassem e não fizessem bobagem. Villeneuve, que era o líder, entendeu que a ordem era manter as posições, mas Didier Pironi não. Na última volta, o francês ultrapassou o canadense e venceu pela primeira vez com a Ferrari. Gilles ficou furioso, prometeu nunca mais falar com Pironi e morreu na corrida seguinte durante os treinos para o GP da Bélgica.



1989. Berger bate forte na Tamburello no início da corrida e provoca uma bandeira vermelha. O carro da Ferrari pega fogo mas milagrosamente o austríaco só tem alguns ferimentos nas mãos. 

Na relargada, Senna passa Prost e vence, buscando o bicampeonato. Prost não gostou nada porque disse que o brasileiro violou um acordo que tinham feito antes da relargada, pois foi dito entre os dois que quem largasse na frente não seria atacado pelo outro até depois da primeira curva, porque a superioridade dos carros ingleses era enorme sobre as demais equipes que não valeria a pena um confronto logo na primeira curva de cada corrida.

A partir disso, a rivalidade entre os dois ficou cada vez maior e o final vocês já sabem.



1997. Particularmente, acho a corrida desse ano interessante porque, no meio da rivalidade entre Villeneuve e Schumacher, Heinz Harald Frentzen venceu pela primeira vez na carreira, com a Williams. 1997, o famoso campeonato onde o canadense e o alemão nunca dividiram o mesmo pódio o ano todo. Foi também a primeira dobradinha entre pilotos alemães na história da F1.



2003. Na manhã de domingo, morreu Elizabeth Schumacher, de 55 anos, vítima de cirrose hepática. Os filhos, Michael e Ralf, largavam na primeira fila e decidiram correr. Na pista, Michael conseguiu a primeira vitória na temporada e foi para o pódio, sem comemorar. Na coletiva, foi substituído pelo chefão Jean Todt.



2005. Com um início arrasador em um novo regulamento, a Renault e o jovem Fernando Alonso despontavam como candidatos ao títulos junto com a McLaren. Por outro lado, a Ferrari sofria com os pneus Bridgestone e a incapacidade de trocar durante a prova. 

Largando lá atrás, mesmo assim, Schumacher fez sua primeira grande corrida do ano e, mesmo pressionando Alonso, o espanhol venceu mais uma na temporada. Essa corrida tem um significado enorme: finalmente alguém capaz de segurar o alemão sem temê-lo. Foi o começo da caminhada do primeiro título de Fernando e o fim da "era Schumacher". No ano seguinte, Schumacher superou o recorde de poles de Ayrton Senna e deu o troco no espanhol.



E agora, o que o circuito diferente (sem a chicane final) vai nos proporcionar no próximo final de semana?

Até!





segunda-feira, 26 de outubro de 2020

EXTINÇÃO

 

Foto: Getty Images

Na semana passada, foi confirmado que Kevin Magnussen e Romain Grosjean deixam a Haas no fim da temporada. O francês esteve com o time desde quando os americanos ingressaram na F1. Magnussen chegou um ano depois para substituir o mexicano Esteban Gutiérrez.

Grosjean já fazia hora extra na F1 há duas ou três temporadas. Magnussen ainda é um piloto mediano que poderia ter renovado mais uma temporada sem problemas. No entanto, a discussão do post não é individualmente sobre a qualidade dos dois pilotos, e sim o que a saída de ambos representam para esse momento de Fórmula 1.

Sem Grosjean e Magnussen, estão extintos os pilotos "journeyman". Aqueles que não eram virtuosos mas podiam fazer uma carreira sólida na categoria, sempre em carros medianos. Exemplos antigos não faltam: Johnny Herbert, Jarno Trulli, Olivier Panis, Jos Verstappen, etc. Hoje, os únicos que podem estar nesse termo são, com boa vontade, Pérez (que tem o aporte de Carlos Slim) e Hulkenberg, que inclusive saiu da F1 e está tentando retornar para a categoria.

Motivos para essa extinção não faltam: menos equipes e consequentemente menos carros e, principalmente, a mudança de como chegar a categoria. Com a ascensão das categorias de pilotos (na qual Magnussen e Grosjean fizeram parte no início), os altos custos da categoria e chegada cada vez maior de pilotos bilionários ou com sobrenomes pesados praticamente expurgou os ditos "independentes" da jogada.

Resumindo: hoje, para estar na F1, é preciso ser um grande piloto/campeão, fazer parte de uma academia de pilotos ou ser bilionário/sobrenome pesado. As histórias românticas de antigamente, de perseverança e talento, ficaram para trás. Talvez se a F1 tivesse mais equipes e mais vagas os "journeyman" retornem, mas isso não é do interesse da categoria, que deseja cada vez mais formar um clubinho seleto, exclusivo. 

Do contrário, a figura desses pilotos "independentes" está extinta da F1. Uma pena. Perde a categoria sem as histórias e até uma questão mais humana, biográfica e de abordagem diferente que tornam os pilotos figuras mais peculiares e dignas de admiração, empatia, entre outros. Fazer o quê se eles não se importam, não é mesmo?

Até!

A VITÓRIA 92

 

Foto: Getty Images

Com uma emoção comovente, Lewis Hamilton se tornou isoladamente o maior vencedor da história da Fórmula 1. Agora, a contagem regressiva é para chegar nos três dígitos, algo que será possível em 2021. 

Com a chuva antes da largada e a dificuldade em aquecer os pneus, quem largou com os médios se deu mal. Sainz pulou para a ponta e até Raikkonen se aventurou entre os primeiros. Depois, quando tudo se acalmou, Bottas, que largou melhor, tomou a liderança. No entanto, como sabemos, não há competição entre os dois: pouco a pouco, Hamilton chegou, passou e abriu muita vantagem. O finlandês ainda queria colocar pneus macios. Perigava perder o terceiro lugar. Repito: não há competição. 

Verstappen, que escapou de uma punição ao quase tirar Pérez da corrida, completou os três primeiros de sempre. O mexicano fez uma grande corrida de recuperação, mas em um erro de estratégia, quase colocou tudo a perder. No fim, um sétimo lugar com gosto de vitória. Por outro lado, o filho do dono teve um final de semana desastroso. Que surpresa... é o legítimo desperdício de vaga. A vítima foi Norris, que teve a corrida comprometida.

Sainz e Leclerc foram muito bem, especialmente o monegasco. Atuação digna de Alonso no início da década. Está tirando muito mais que o carro e fazendo Vettel parecer amador. Esperamos mesmo que seja uma "sabotagem" da Ferrari porque, do contrário, a futura Aston Martin já pode começar a se preocupar. 

Ocon superou Ricciardo na estratégia dessa vez. Pierre Gasly definitivamente é um novo piloto e precisa de uma vaga maior, seja a Alpha Tauri disfarçada de Red Bull ou até mesmo a Renault, pois é francês... Alexander Albon, por outro lado, parece viver seus últimos momentos pela equipe dos energéticos. Sem reação e difícil de defender. 

Com um recorde batido e começando a ser restabelecido, agora a F1 aguarda o momento onde Hamilton irá superar o número de títulos de Schumacher. Em novembro, o empate. Em 2021, mais uma antologia nos espera. Até lá, assim vai a chata F1, implorando por novas emoções mas sem ser atendida.

Confira o resultado do GP de Portugal:


Até!


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

ESPERADO

 

Foto: Getty Images

Bottas foi o líder dos dois treinos livres. Mercedes na frente é sempre esperado, assim como é óbvio que o finlandês vai paçocar e no fim Lewis Hamilton vai se isolar como o maior vencedor da história da Fórmula 1 neste final de semana.

Em uma pista desconhecida para todo mundo e com baixa aderência pelo pouco uso, o treino foi marcado por rodadas e um acidente de corrida entre Lance Stroll e Max Verstappen no TL2. Stroll não viu que Max estava por dentro, que também não percebeu que o canadense, recuperado da Covid, não tiraria o pé. Os dois se encontraram e, pra mim, a culpa maior foi de Stroll que estava por fora e foi mais irresponsável que o holandês. Tenha tenha punição para um dos dois e isso não seria injusto.

Ferrari e McLaren andaram bem, mas, como escrito, em uma pista que está todo mundo buscando a aderência e conhecendo o circuito, o panorama é bem difícil de prever. É um circuito travado e traiçoeiro. Talvez tenhamos acidentes. O benefício da dúvida é uma arma importante para esse final de semana.

O que também era esperado aconteceu: Magnussen e Grosjean não continuam na Haas em 2021. O francês está fazendo hora extra na categoria há muito tempo. O dinamarquês, se tivessem mais carros, ainda poderia ficar no grid. É um piloto útil. 

Por mais que nenhum dos dois seja o piloto dos sonhos de ninguém, as saídas de Magnussen e Grosjean do grid colocam um fim definitivo em um tipo de piloto: o journeyman, aquele que não é um virtuoso mas mesmo assim poderia se manter na categoria por um bom tempo, como por exemplo Johnny Herbert, Martin Brundle, Jarno Trulli, entre outros.

Atualmente, os únicos que talvez consigam manter esse legado (mas por pouco tempo) sejam Sérgio Pérez, que tem o aporte de Carlos Slim, e Nico Hulkenberg, cotado para retornar ao grid em 2021. Na Haas, os candidatos naturais são os pilotos da academia da Ferrari e o bilionário psicopata Mazepin, disposto a comprar o time de Gene Haas. Nessa crise e com esse prejuízo, não seria de todo ruim o negócio para o americano.

Portanto, hoje a F1 tem três tipos de pilotos: os grandes/campeões mundiais, os pilotos de academia e os bilionários. Só assim para entrar lá em um grid enxuto e sem grid. São os novos e péssimos tempos.

Confira a classificação dos treinos livres do GP de Portugal:



Até!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

GP DE PORTUGAL: Programação

 O Grande Prêmio de Portugal foi disputado em duas fases: primeiro entre 1958 e 1960 em Boavista e Monsanto e entre 1984 e 1996 em Estoril. Em virtude da pandemia, a corrida retorna para solo português, agora sendo realizada pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Último vencedor: Jacques Villeneuve (Williams)

Maior vencedor: Alain Prost (1984, 1987 e 1988) e Nigel Mansell (1986, 1990 e 1992) - 3x


DENTRO E FORA DE CASA

Foto: Getty Images

O futuro da Red Bull/Alpha Tauri começa a ficar cada vez mais claro, de acordo com as declarações do consultor Helmut Marko.

Começando pela equipe satélite: se Albon não melhorar será sacado e sem direito a voltar para a Alpha Tauri. Os candidatos? Pela primeira vez, Marko admitiu a possibilidade de contratar alguém de fora da academia de pilotos, algo que só foi feito uma vez com Mark Webber em 2007. Os nomes seriam Sérgio Pérez e Nico Hulkenberg.

“Se Albon não atingir nossas expectativas, teremos de olhar para fora de nosso programa. Somos fortes e podemos sair de nossas sombras, e aí dois candidatos conhecidos, [Sergio] Pérez e [Nico] Hülkenberg, vêm ao jogo”, disse para a Sky Alemanha.

Na Alpha Tauri, a situação é simples: se o japonês Yuki Tsunoda ficar entre os três primeiros na F2 (hoje ele é o segundo, faltando apenas a bateria do GP do Bahrein), será efetivado no lugar de Kvyat. Do contrário, não há opções, ou até mesmo Albon poderia ser rebaixado.

“No momento só temos ele de candidato a uma vaga na F1. O plano é colocá-lo na AlphaTauri. Só precisa dos pontos para a superlicença”, afirmou.

Quem vai dançar é Kvyat, que só voltou justamente pela falta de opções da academia no passado, ainda mais evidenciada agora. Uma pena que o tailandês deve dançar sem direito a uma segunda chance. No entanto, Pérez ou Hulk como parceiros de Verstappen seria uma grande conquista para dois bons pilotos que pareciam estar fadados ao esquecimento no que se refere ao topo da Fórmula 1. Uma pena também para Gasly, que vai pagar pelo desempenho ruim do passado e não vai ter uma nova chance com os taurinos.

Assim é a vida e, pelo jeito, a Red Bull será forçada a modificar o modus operandi para tentar ser um conjunto mais harmônico na tentativa de voltar a ser hegemônica na categoria. Agora, só falta um motor para o futuro.


SÓ SORRISOS

Foto: Getty Images

O pódio de Daniel Ricciardo no GP de Eifel foi marcante por dois motivos: o primeiro da Renault desde que voltou para a F1 em 2016 e o primeiro de Ricciardo desde a saída da Red Bull, em 2018.
Apesar de estar de saída para a McLaren, o bom relacionamento entre as duas partes prosperou e mostra uma boa evolução dos franceses, brigando com Racing Point e McLaren pelo posto de terceira força da F1.

Mesmo sem estar feliz com a perda do australiano, o chefão Cyril Abiteboul afirmou que a Renault só atingiu esse patamar graças aos esforços de Ricciardo:

“É igualmente importante para a equipe, para o Daniel e também para mim. Fomos questionados sobre a decisão dele em se unir a nós. Então, acho que foi muito importante para todos mostrar aos comentaristas, à distância, por que isso fazia sentido na época”, declarou para a revista AutoSport.

Com 114 pontos em 11 corridas - ano passado a Renault fez 91 em 22 provas - Abiteboul considera Ricciardo a peça vital para a evolução dos franceses em 2020:

“A equipe não seria o que é hoje sem o Daniel, apesar e, talvez, graças também ao ano que passamos juntos no ano passado, que, de fato, foi muito doloroso”.

“Portanto, agora estamos numa posição muito melhor para este ano e para o próximo, e Daniel é capaz de fazer isso”, disse.

Muito bom ver o profissionalismo de ambas as partes nesse final de relação. O natural seria escantear Ricciardo e até privilegiar Ocon, mas esse não parece o caso. Para o bem estar de todo mundo, a Renault cresce. Se continuar assim com Alonso, quem sabe não é o australiano que no final das contas vai se arrpender de sua escolha? 

Para isso, a Renault precisa melhorar cada vez mais para finalmente fazer jus ao investimento depois de seis temporadas na F1.

CLASSIFICAÇÃO:
1 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 230 pontos
2 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 161 pontos
3 - Max Verstappen (Red Bull) - 147 pontos
4 - Daniel Ricciardo (Renault) - 78 pontos
5 - Sérgio Pérez (Racing Point) - 68 pontos
6 - Lando Norris (McLaren) - 65 pontos
7 - Alexander Albon (Red Bull) - 64 pontos
8 - Charles Leclerc (Ferrari) - 63 pontos
9 - Lance Stroll (Racing Point) - 57 pontos
10- Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 53 pontos
11- Carlos Sainz Jr (McLaren) - 51 pontos
12- Esteban Ocon (Renault) - 36 pontos
13- Sebastian Vettel (Ferrari) - 17 pontos
14- Daniil Kvyat (Alpha Tauri) - 14 pontos
15- Nico Hulkenberg (Racing Point) - 10 pontos
16- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 3 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 2 pontos
18- Romain Grosjean (Haas) - 2 pontos
19- Kevin Magnussen (Haas) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 391 pontos
2 - Red Bull Honda - 211 pontos
3 - Racing Point Mercedes - 120 pontos
4 - McLaren Renault - 116 pontos
5 - Renault - 114 pontos
6 - Ferrari - 80 pontos
7 - Alpha Tauri Honda - 67 pontos
8 - Alfa Romeo Ferrari - 5 pontos
9 - Haas Ferrari - 3 pontos

TRANSMISSÃO