quinta-feira, 14 de setembro de 2023

GP DE SINGAPURA: Programação

 O Grande Prêmio de Cingapura é disputado desde 2008 e foi a 1a corrida noturna da história da Fórmula 1, que foi vencida de forma polêmica por Fernando Alonso, pilotando a Renault, após se beneficiar de um Safety Car oriundo de uma batida proposital de seu companheiro de equipe Nelsinho Piquet e o abandono do então líder da corrida Felipe Massa, da Ferrari, após a mangueira de reabastecimento ter ficado presa em seu carro. O caso ficou conhecido como Cingapuragate.

Em virtude da pandemia do covid-19, o circuito ficou dois anos ausente do calendário (2020 e 2021), retornando para o circo da F1 em 2022.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Kevin Magnussen - 1:41.905 (Haas, 2018)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:36.015 (Mercedes, 2018)

Último vencedor: Sérgio Pérez (Red Bull)

Maior vencedor: Sebastian Vettel (2011, 2012, 2013, 2015 e 2019) - 5x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 364 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 219 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 170 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 164 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 117 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 111 pontos

7 - George Russell (Mercedes) - 109 pontos

8 - Lando Norris (McLaren) - 79 pontos

9 - Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos

10- Pierre Gasly (Alpine) - 37 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 36 pontos

12- Oscar Piastri (McLaren) - 36 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 21 pontos

14- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 6 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 583 pontos

2 - Mercedes - 273 pontos

3 - Ferrari - 228 pontos

4 - Aston Martin Mercedes - 217 pontos

5 - McLaren Mercedes - 115 pontos

6 - Alpine Renault - 73 pontos

7 - Williams Mercedes - 21 pontos

8 - Haas Ferrari - 11 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 10 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 3 pontos


ALONSO É O EXEMPLO

Foto: Reprodução

No limbo, Valtteri Bottas já está há 10 anos na F1. Aos 34 anos, depois de poles e vitórias na Mercedes, o finlandês voltou para o fim do grid, com uma Alfa Romeo que em breve vai virar Sauber, mas que está todo mundo pensando em 2026, quando chegar a Audi. Ficar mais dois anos sem competir em alto nível incomoda? Sim, mas segundo o finlandês, se as coisas acontecerem com ele do mesmo jeito que com Alonso, vai valer a pena:

“Se você olhar para Fernando, vê um bom exemplo do que pode fazer em termos de performance. Ainda tenho muitos anos. É claro, nesse esporte, você sempre precisa se provar com resultados”, disse.

Claro, Bottas admitiu que talvez Alonso seja uma exceção e não a regra, mas ainda não se vê em decadência. Ele também afirmou que o novo chefe Andreas Seidl já fez algumas mudanças estruturais importantes na equipe, mas que isso só deverá aparecer de forma mais nítida quando a Audi chegar, em 2026.

“Talvez, ele seja uma exceção. Isso não foi feito muitas vezes no esporte, você conseguir ser competitivo com essa idade. Mas cada pessoa é diferente, cada piloto é diferente. Como disse, ele pode ser uma exceção, mas ainda é bastante motivador ver isso. Definitivamente, é um exemplo.

Definitivamente, sinto que ainda não estou em queda. Neste esporte, uma vez que você chega no estágio de ter muita experiência, isso também pode ser atrativo para muitas equipes em certas situações.
Esperar até 2026 para voltar ao pódio? Sim, ficaria feliz em esperar por isso”, finalizou, em entrevista para o portal australiano Speedcafe.

É realmente um caso difícil e até único na F1 moderna. Bottas não é Alonso em uma série de coisas, mas aí a questão é depender se os alemães da Audi vão chegar bem e se adaptar na categoria. É claro que, para o finlandês, o tempo agora começa a ficar escasso e a pulga atrás da orelha aumenta: vale a pena passar por tudo isso na esperança de que as coisas aconteçam daqui 2, 3 anos? 

Tudo bem, e se não der? Bottas certamente não tem a mesma vitrine que Alonso e não saberemos as circunstâncias do futuro. Apostar sem muita convicção é o único caminho. E se a Audi vira a Brawn GP? Nesta vida, um sonhador.


UMA VAGA A MENOS

Foto: Getty Images

A Alfa Romeo, futura Sauber, era uma das poucas vagas ainda disponíveis para 2024. Bottas está confirmadísismo em acordo de muitos anos. Era porque Guanyu Zhou também renovou o contrato com a equipe. O anúncio oficial foi hoje (14).

Os planos de Felipe Drugovich e Mick Schumacher, especulados como candidatos a vaga, foram frustrados. Agora, restam apenas 3 vagas oficiais para 2024. A Alpha Tauri não confirmou nenhum piloto, enquanto que a Williams ainda não renovou com Logan Sargeant, mas deve fazer isso em breve, segundo as publicações europeias.

Theo Pourchaire, da academia da Sauber e ainda na F2, segue como piloto reserva.

É o chinês viável. Zhou tem feito um trabalho aceitável nessa bagunça de transição entre equipes. É difícil apontar qualquer outra situação. A diferença em pontos para Bottas é quase mínima, o que é um pretexto positivo. No entanto, na F1, nem tudo é sobre a pista. Todos nós sabemos disso, mas a jornada de Zhou continua, o que é justo com o talento dele e o contexto bagunçado em que vive entre três equipes, que juntas mal dão uma no momento: Alfa Romeo, Sauber e Audi.

TRANSMISSÃO:

15/09 - Treino Livre 1: 6h30 (Band Sports)

15/09 - Treino Livre 2: 10h (Band Sports)

16/09 - Treino Livre 3: 6h30 (Band Sports)

16/09 - Classificação: 10h (Band e Band Sports)

17/09 - Corrida: 9h (Band)

terça-feira, 12 de setembro de 2023

SÓ FALTA CARRO

 

Foto: MotorSport

As aventuras de Lewis Hamilton e George Russell na Mercedes continuam até 2025, pelo menos. A renovação saiu de forma oficial há algumas semanas, para a surpresa de absolutamente ninguém.

Esse papo de aposentadoria depois de sair do topo é muito difícil quando se trata de esportistas que competem e vencem desde a infância. O exemplo Alonso pode fazer a diferença, afinal Hamilton é mais jovem e ainda um heptacampeão. Os resultados desse ano mostram que não há sinais de desaceleração vindas da idade.

Russell está um pouco abaixo, seja por alguns erros, azares e até mesmo erros de leitura da Mercedes, o que agora custa caro, devido ao fato de não estarem mais na posição de dominância e não se darem ao luxo de alguns equívocos.

Aliás, esse é o grande x da questão. É nítido que Hamilton e Russell é a melhor dupla de pilotos. Os dois se completam em velocidade, ritmo de corrida, leitura das situações, administrar os pneus, guiar na chuva, entre outros.

Assim como escrevi no ano passado, está faltando carro, está faltando a Mercedes propiciar aos dois um bólido a altura do talento de ambos. Mais dois anos, com pressão, ou esperar 2026 com algum pulo do gato no novo regulamento. O tempo passa de forma diferente para os dois. Hamilton está em contagem regressiva, Russell não. No entanto, George imaginava que estaria brigando por mais vitórias e pódios após sair da Williams. As coisas azedaram justo na vez dele.

Ninguém duvida da capacidade dos alemães. Eles sempre crescem durante a temporada, a questão é acertar tudo desde o início. Novamente, uma parte do ano foi perdida ao apostar em um conceito errado, influenciado pela solitária vitória em Interlagos, que o tempo mostrou ser uma exceção do que regra ou sinal de caminho correto a ser seguido.

Dar meia volta significa mais algum tempo de progresso e paciência. Os recursos são quase infinitos, a capacidade técnica dos engenheiros e pilotos também.

A Mercedes “só” precisa de um carro, ou melhor, dois para voltar a era prateada/preta que vai, por incrível que pareça, se afastando e se tornando um passado improvável. Parecia que era ontem. Parecia. Já está virando semanas, meses, dois anos ou mais...

Até!

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O PUPILO DA FÊNIX

 

Foto: Getty Images

Gabriel Bortoleto em breve vai fazer 19 anos. Ele nasceu em São Paulo no dia 14 de outubro de 2004, em São Paulo. Ele começou no kart aos 8 anos, no Campeonato Sulbrasileiro de Kart. Ele foi campeão do Open do Brasileiro de Kart e vice-campeão do Campeonato Paulista e Brasileiro de Kart Mirim.

O kartismo no Brasil seguiu até 2014, quando venceu Open Brasileiro de Kart novamente (agora no Cadete), foi vice no Super Kart Brasil e terceiro colocado no Campeonato Brasileiro de Kart.

Bortoleto, então, foi para a Europa e continuou no kart até os 15 anos. No velho continente, o ano de melhores resultados foi em 2018, quando foi terceiro colocado no Campeonato Mundial e Europeu da categoria OKJ e vice-campeão do Super Master Series e do Troféu Andrea Margutti.

A estreia nos bólidos foi em 2020, com 15 anos. Bortoleto disputou a F4 Italiana na Prema, com nomes como Sebastián Montoya (sim, filho do Juan Pablo), Gabriele Mini e Dino Beganovic. Com alguns pódios e vitórias, o brasileiro terminou em quinto no campeonato.

Em 2021, Bortoleto participou da Fórmula Regional Europeia com a FA Racing by MP e foi 15°, com um pódio em 20 corridas. Ele também disputou a Stock Car Light, onde venceu uma vez e fez uma pole em quatro etapas.

No ano passado, ele disputou novamente a Fórmula Regional Europeia e foi o sexto no campeonato, duas vitórias, duas poles e cinco pódios. Ele também participou de seis corridas na Formula Regional Asiática, com uma vitória.

E, em setembro de 2022, quando estava prestes a atingir a maioridade, Bortoleto deu o grande passo da carreira até aqui. Aliando o passado kartista com os desempenhos nos bólidos, o brasileiro assinou com a A14, agência de desenvolvimento de pilotos criada e administrada simplesmente por Fernando Alonso.

Quando Bortoleto nasceu, o espanhol já tinha vencido na F1 e no ano seguinte conquistaria o primeiro título. Que loucura. E o relacionamento de Alonso e Bortoleto é bem estreito.

Em entrevistas, o brasileiro afirma que Alonso constantemente dá dicas de abordagens nas pistas e no desenvolvimento da pilotagem. Quando foi campeão da F3, em Monza, Alonso chegou a mandar um áudio de 10 minutos no Whatsapp do brasileiro, parabenizando pela conquista e falando sobre outros aspectos. Um privilégio, sem dúvidas.

Os caminhos do brasileiro estão interessantes. Ser campeão da F3 no ano de estreia é um belo cartaz para o futuro na F2, onde é possível beliscar a vaga de alguma equipe grande, como a Prema, ART, Carlin ou a Virtuosi.

 Ser agenciado por Alonso ajuda nos meandros internos, mas é claro que o brasileiro terá ainda mais possibilidades de avançar na carreira nos próximos anos se assinar com a academia de pilotos de alguma equipe grande.

Bom, certamente o próximo passo será fundamental para o desenvolvimento da carreira de Bortoleto. Sabemos que nem sempre o talento é suficiente, é necessário dinheiro, contatos e estar no lugar certo e na hora certa. Teremos novidade em breve mas, enquanto isso, o brasileiro precisa desfrutar dessa grande conquista, inédita para o automobilismo brasileiro.

Afinal, ninguém é escolhido como pupilo da Fênix a toa.

Até!

domingo, 3 de setembro de 2023

10

 

Foto: ANP

Pela primeira vez na história, um piloto vence dez corridas consecutivas. Max Verstappen já está na história. Poucas vezes se viu um conjunto piloto e carro tão imbatíveis. O resto é chover no molhado. A vitória veio depois de 15 voltas de muita pressão em cima de Carlos Sainz. Com pneus desgastados, o espanhol fritou eles na primeira curva e o resto é história.

A corrida teve duas voltas a menos porque o motor de Tsunoda falhou na volta de apresentação. Muitos protocolos e enrolações, até quando o dia estava lindo e ensolarado em Monza. As burocracias da FIA irritam demais.

Mesmo largando na pole e terminando em terceiro, pressionado por três pilotos a corrida inteira e ultrapassado por dois, Carlos Sainz fez a melhor corrida da carreira, justamente num palco especial como Monza é para os tifosi. Foi combativo, vendeu caro a ultrapassagem para Max, não resistiu ao carro de Checo Pérez e segurou Leclerc. A Ferrari liberou a briga e por pouco não teve acidente dos dois.

Tudo porque Sainz foi muito aguerrido. Se as vezes falta velocidade e ritmo, o espanhol sabe ler muito bem as situações da corrida. O que sobra em velocidade falta em constância e equilíbrio para Leclerc. Grande final de semana dentro do possível para a Ferrari e especialmente para Sainz, que sai muito fortalecido para a sequência da temporada.

A Mercedes foi terceira força. Um adendo a essas punições que não punem: Hamilton tirou Piastri dos pontos e teve só cinco segundos de acréscimo, que foram facilmente revertidos com o ritmo da corrida. Ou seja: alguém que comete uma infração não paga por ela porque a pena chega a ser risível. Voltem com o drive through!

Alexander Albon e a Williams de meio de tabela. Que trabalho impecável de recuperação da equipe que até ontem era a pior do grid. Méritos para a Dorilton Capital e a chegada do ex-Mercedes James Vowles. Muito rápida de reta, Monza casou certinho com o carro de Grove e dessa vez não teve apendicite para impedir os pontos do tailandês nascido e criado na Inglaterra. Com uma temporada de afirmação, Albon pode se permitir a novos voos na carreira.

A McLaren também chegou a ter problemas entre os pilotos. Norris tenta usar a influência para se afirmar como um primeiro piloto intocável, mas Piastri está evoluindo e vai fazer frente com o passar do tempo no time. O australiano foi vítima de Hamilton hoje, mas vai ser interessante esses dois jovens pilotos se encontrando na pista com frequência.

Alonso fez o possível e Bottas voltou para os pontos. Liam Lawson fez um trabalho correto, embora aí mesmo em Monza De Vries pontuou com a Williams e deu o "golpe" na Red Bull. 

Sem muito o que comentar, a grande pergunta é: quando a Red Bull (15 vitórias seguidas) e Max Verstappen vão deixar de ganhar? Russell e a Mercedes em Interlagos foram os últimos que se atreveram a vencer nesse meio tempo. 

Confira a classificação final do GP da Itália:


Até!

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

É DO BRASIL!

 

Foto: Joe Portlock/Getty Images

Escrever sobre o que eu não vi é complicado, mas vamos lá, não podia deixar passar: um ano depois de Felipe Drugovich ser o primeiro brasileiro a conquistar a F2, hoje Gabriel Bortoleto, agenciado pela Fênix Alonso, foi campeão da F3!

A verdade é que o título já estava encaminhado há tempos, era só uma questão de confirmação matemática. E ela veio hoje, pois nenhum dos "concorrentes" de Gabriel conseguiram a pole position para o final de semana, o que foi suficiente para garantir o título.

Escreverei mais sobre Bortoleto em breve, mas as perspectivas são positivas. Ganhar a F3 com autoridade e ter o apoio nos bastidores de um certo Fernando Alonso são coisas importantes. Agora, só falta se aproximar de uma academia de pilotos para o futuro ficar mais garantido. No entanto, agora é o momento de celebrar: Gabriel Bortoleto do Brasil!

Por falar em Alonso e Drugovich, Drugo foi para a pista no TL1 da F1, no lugar de Stroll. Ele tem direito a guiar em duas sessões de treino livre por ano, obrigatório para todos os novatos. Foi o 18°, mas é um resultado normal, afinal ele não guiava o carro titular desde que substituiu o próprio Stroll na pré-temporada do Bahrein, em março.

Por falar em Brasil, uma atitude imbecil da FIA. A Federação, em virtude da disputa judicial que Felipe Massa abriu sobre tentar ser coroado o campeão de 2008, pediu gentilmente para o brasileiro não comparecer a Monza. Inclusive, a FIA tirou um dos cartazes da torcida da Ferrari que exclamava o brasileiro como o campeão daquele ano. Justamente no palco onde Massa é amado pelos tifosi, foi impedido de entrar. Ele, que é embaixador da categoria.

Ou seja, o cara foi prejudicado pelo regulamento da própria Federação e ganha como tratamento ser um pária, não poder pisar nos autódromos, como se a culpa fosse dele por ir atrás de seus direitos. É um absurdo que beira o inacreditável. Vamos ver se terão colhões de fazer isso em Interlagos.

Bom, nos treinos, tivemos mais um erro de Pérez, problemas com Stroll e Carlos Sainz fazendo a volta mais rápida do dia. Num circuito veloz como Monza, o motor vai fazer a diferença. Diferença para o pódio, porque sabemos que Max Verstappen está pronto para ser o primeiro piloto da história a vencer dez corridas seguidas.

Ah, a Mercedes renovou com Hamilton e Russell até 2025. Escreverei sobre na semana que vem.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

GP DA ITÁLIA: Programação

 O Grande Prêmio da Itália foi disputado pela primeira vez em 1921, em Montichiari, na província de Bréscia, num circuito feito de vias públicas. Está desde sempre no calendário da Fórmula 1, e sempre é realizado em Monza, à exceção de 1980, quando o GP foi disputado em Ímola para atender a demanda dos fãs da Romagna.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Rubens Barrichello - 1:21.046 (Ferrari, 2004)

Pole Position: Lewis Hamilton - 1:18.887 (Mercedes, 2020)

Último vencedor: Max Verstappen (Red Bull)

Maior vencedor: Michael Schumacher (1996, 1998, 2000, 2003 e 2006) e Lewis Hamilton (2012, 2014, 2015, 2017 e 2018) - 5x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 339 pontos

2 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 201 pontos

3 - Fernando Alonso (Aston Martin) - 168 pontos

4 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 156 pontos

5 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 102 pontos

6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 99 pontos

7 - George Russell (Mercedes) - 99 pontos

8 - Lando Norris (McLaren) - 75 pontos

9 - Lance Stroll (Aston Martin) - 47 pontos

10- Pierre Gasly (Alpine) - 37 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 36 pontos

12- Oscar Piastri (McLaren) - 36 pontos

13- Alexander Albon (Williams) - 15 pontos

14- Nico Hulkenberg (Haas) - 9 pontos

15- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) - 5 pontos

16- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) - 4 pontos

17- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 3 pontos

18- Kevin Magnussen (Haas) - 2 pontos


CONSTRUTORES:

1 - Red Bull RBPT - 540 pontos

2 - Mercedes - 255 pontos

3 - Aston Martin Mercedes - 215 pontos

4 - Ferrari - 201 pontos

5 - McLaren Mercedes - 111 pontos

6 - Alpine Renault - 73 pontos

7 - Williams Mercedes - 15 pontos

8 - Haas Ferrari - 11 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 9 pontos

10- Alpha Tauri RBPT - 3 pontos


O PONTO DA VIRADA

Foto: Getty Images

30 de abril. A última vez que Max Verstappen foi derrotado, também, na verdade, serviu como momento chave para que o holandês entendesse melhor o carro e partisse para essa sequência avalassadora de nove vitórias seguidas (e contando).

Foi uma das raras corridas onde Max foi, de fato, mais lento que Pérez. Uma vitória inapelável para o mexicano, tanto que nem a Red Bull se atreveu a tentar fazer jogo de equipe. Em entrevista coletiva depois de vencer em casa, Max expandiu sobre a importância do processo de Baku para a sequência da temporada e o modo como pilota o carro de 2023.

“Acho que aprendi bastante desde a corrida em Baku, algumas coisas que poderia fazer com o carro, como acertá-lo. Claro que não venci lá, mas experimentei um monte de coisas e diferentes ferramentas no carro. Por isso fui um tanto inconsistente durante a corrida, mas em determinado ponto, consegui um bom ritmo com o que encontrei”, afirmou.

Claro que agora isso faz todo o sentido. No entanto, lembro que Max estava bastante insatisfeito depois da corrida, tanto que até Horner o repreendeu. Assim como ano passado, Max sente dificuldade no início, mas depois se adapta (e as atualizações privilegiam ele, obviamente) e o resultado todos sabemos. 

Dá pra considerar isso uma "dor de crescimento" ou as imaturidades de Max dos anos anteriores que tornaram o piloto que ele é hoje? Não sei, cabe um bom debate ou algum texto no futuro, talvez.

PRESTIGIADO

Foto: Getty Images

Com um desempenho tão discrepante em relação a Max Verstappen, Sérgio Pérez está mais ameaçado do que nunca na Red Bull, apesar de ser o vice-líder do campeonato e com contrato até 2024. É da natureza dos taurinos alterações repentinas e desempenhos imediatos. A chegada de Ricciardo na Alpha Tauri, como uma espécie de teste para o médio-prazo, também é um sinal. No entanto, Christian Horner tratou de acalmar os ânimos:

“A situação de Checo para o próximo ano está clara. Ele é um piloto Red Bull. Temos um acordo com ele. Independente dos acordos, estamos satisfeitos com o trabalho que ele está fazendo. Vocês viram a pilotagem dele hoje, ele teve azar com o limitador de velocidade do pit-lane [que rendeu uma punição de 5s]. Ele é segundo no campeonato mundial, é o único piloto além de Max que venceu GPs neste ano”, frisou.

A resposta de Horner vem após Helmut Marko deixar nas entrelinhas que nada estava garantido para o ano que vem, apesar do contrato em vigor. Horner aproveitou para defender o piloto, afirmando que o "problema" é Max Verstappen, pois o holandês está tão fantástico que qualquer um perto dele parece alguém muito inferior.

“Max está em um período da carreira dele em que é simplesmente intocável e não acho que tenha qualquer outro piloto do grid que seja capaz de atingir o que ele está fazendo naquele carro. Ser companheiro de equipe dele é, provevalmente, em alguns aspectos o trabalho mais inviável, pois o barômetro é muito alto.

Você precisa olhar a performance no papel e nos resultado. Se Max não estivesse lá, Checo teria vencido outras quatro ou cinco corridas. Então ele está fazendo o trabalho dele. É o segundo no campeonato mundial. Vocês viram a performance dele hoje. Ele deu azar por ser punido por velocidade. E, tomara, que ele possa acrescentar à lista de vitórias dele até o fim do ano”, encerrou.

Existem meias verdades. Pérez está muito mal, Verstappen está excelente, mas a diferença não deveria ser tão grande. É até constrangedor, mesmo sabendo que o mexicano está na Red Bull para ser o segundo piloto. O problema é que chegaram a acreditar que Checo seria uma ameaça a Max, autorizada pela Red Bull.

Nunca foi o caso. Pérez está sim devendo e a pressão de Ricciardo vai ser muito grande, ao menos não agora, devido a lesão do australiano. No futebol, a fala de Horner é o tipo de declaração que a gente desconfiaria. Ao lembrarmos que a organização austríaca tem modus operandi semelhante, a desconfiança faz sentido.

TRANSMISSÃO:
01/09 - Treino Livre 1: 8h30 (Band Sports)
01/09 - Treino Livre 2: 12h (Band Sports)
02/09 - Treino Livre 3: 7h30 (Band Sports)
02/09 - Classificação: 11h (Band e Band Sports)
03/09 - Corrida: 10h (Band)

terça-feira, 29 de agosto de 2023

UMA NOVA ROTA

 

Foto: Getty Images

Mudanças no percurso de uma estratégia podem significar algumas coisas. Uma delas é que o objetivo inicial estava equivocado e foi necessária uma mudança de rumo, uma correção no caminho para que os objetivos consigam ser alcançados em um determinado tempo pré-estabelecido.

É o caso da Haas. Quando surgiu o novo regulamento, a ideia de Gunther Steiner e Gene Haas, com a equipe tendo cada vez menos recursos, era apostar nos jovens e desenvolvê-los. Um projeto de longo-prazo. Trazer Schumacher Filho e Mazepin (pelo dinheiro, óbvio) se encaixava mais ou menos nesse processo.

A guerra mudou tudo. Mazepin saiu, a Haas sem dinheiro e sem resultados se viu obrigada a fazer um retorno ao passado. Perderam muitos anos de desempenho com Grosjean e Magnussen, mas o dinamarquês voltou, endinheirado. E a equipe percebeu que talvez Schumaquinho não fosse o futuro tão dourado, afinal Kevin, destreinado, era mais veloz e entregava mais pontos.

O sinal foi compreendido. Hora de ir para o outro extremo. Chega de jovens, queremos resultados agora. É difícil se ambientar na F1. Olhem para o que aconteceu com De Vries. Então, quem mais se encaixaria melhor nisso do que Nico Hulkenberg, o Super Trunfo do século XXI?

A Haas tem dificuldades financeiras e briga do meio do pelotão para trás. É óbvio. Então, cada ponto ou oportunidade precisam ser aproveitadas. Mais do que o brilhantismo, é necessária a regularidade, um acumulador de pontos. Hulkenberg até consegue brilhar no sábado, mas o domingo não permite muitas jornadas positivas (uma tônica da carreira do alemão, aliás). Magnussen até pole fez no Brasil, ano passado!

A receita para a sobrevivência foi mais simples do que se imaginava: juntar dois pilotos muito experientes, a grana de um deles e tentar aproveitar toda e qualquer oportunidade de pontos para capitalizar e buscar melhorias futuras, seja na temporada seguinte ou no novo regulamento.

Qual o futuro da Haas? Eu não sei, mas a equipe definiu a sequência do caminho: Hulkenberg e Magnussen permanecem por mais uma temporada. Sem as amarras da Ferrari e o risco de apostar em um jovem inexperiente que pode comprometer a colocação da equipe nos construtores, onde cada centavo é essencial para a sobrevivência, essa é a melhor receita que existe até aqui, ao menos enquanto não for possível adquirir melhores ingredientes e chefs de cozinha (ou de equipe mesmo).

Até!