quinta-feira, 4 de novembro de 2021

GP DO MÉXICO: Programação

 O Grande Prêmio do México foi disputado entre 1962 e 1992, com exceção de 1971 à 1985, participou do campeonato da Fórmula 1. Em 2015, o circuito voltou a fazer parte do calendário do mundial da categoria. Em 2020, o circuito ficou ausente em virtude do Coronavírus, retornando ao calendário em 2021.

Foto: Getty Images

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Nigel Mansell - 1:16.788 (Williams, 1992)

Pole Position: Daniel Ricciardo - 1:14.759 (Red Bull, 2018)

Último vencedor: Lewis Hamilton (Mercedes)

Maior vencedor: Jim Clark (1963 e 1967), Alain Prost (1988 e 1990), Nigel Mansell (1987 e 1992), Max Verstappen (2017 e 2018) e Lewis Hamilton (2016 e 2019) - 2x


CLASSIFICAÇÃO:
1 - Max Verstappen (Red Bull) - 287,5 pontos
2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 275,5 pontos
3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 185 pontos
4 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 150 pontos
5 - Lando Norris (McLaren) - 149 pontos
6 - Charles Leclerc (Ferrari) - 128 pontos
7 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 122,5 pontos
8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 105 pontos
9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 74 pontos
10- Fernando Alonso (Alpine) - 58 pontos
11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos
12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 36 pontos
13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos
14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 20 pontos
15- George Russell (Williams) - 16 pontos
16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos
17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 6 pontos
18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto

CONSTRUTORES:
1 - Mercedes - 460,5 pontos
2 - Red Bull Honda - 437,5 pontos
3 - McLaren Mercedes - 254 pontos
4 - Ferrari - 250,5 pontos
5 - Alpine Renault - 104 pontos
6 - Alpha Tauri Honda - 94 pontos
7 - Aston Martin Mercedes - 62 pontos
8 - Williams Mercedes - 23 pontos
9 - Alfa Romeo Ferrari - 7 pontos

MAMA ÁFRICA

Foto: Getty Images

Com o calendário 2022 definido e cada vez mais cheio de corridas, Lewis Hamilton tem um desejo pessoal.

Apesar da F1 optar pelos mercados do Oriente Médio e agora dos Estados Unidos, o heptacampeão gostaria do retorno de uma corrida na África do Sul, que já sediou corridas entre 1968 e 1993.

“O lugar que eu realmente sinto que pertence ao meu coração e que é muito importante para mim é a África do Sul. Acho que há muito interesse por aí, e seria ótimo poder destacar o quão bonita é a Pátria-mãe”, disse Hamilton, em entrevista coletiva.

De fato, a África é o único continente sem corridas desde então. A popularidade de Hamilton e o significado histórico seriam muito importantes para voltar a fomentar a categoria por lá. Vai depender, é claro, do interesse da Liberty e do próprio país, além da grana, é claro.

Bom, se dependesse da Liberty, só teríamos corridas no Oriente Médio e nos Estados Unidos, de preferência nas grandes avenidas e centros urbanos.

WILLIAMS SEM TESTES

Foto: Reprodução/Williams

Com um novo regulamento a partir do ano que vem, a construção dos carros será diferente, incluindo pneus de 18 polegadas. Após o final da temporada, os testes de Abu Dhabi vão servir para justamente testar os pneus nesse carro "teste" (ou "mula", como é chamado), mas terá a ausência da Williams.

A justificativa é simples: a equipe ainda não tem pronto um modelo do novo carro, segundo Dave Robson, chefe de performance da equipe.

“Infelizmente, não faremos nada. Não testaremos lá porque não temos um carro de teste e isso nos impede de participar. Meu entendimento é de que se você não tem um carro para testes, você não está permitido a participar. Então, não estaremos lá”, disse.

A razão é financeira. A Williams, ainda em recuperação, entendeu que não valia o esforço para construir um carro até dezembro. São escolhas e com consequências: a equipe já admite começar 2022 em desvantagem.

“O que perderemos? Provavelmente começaremos os testes de inverno um pouco atrás, eu acho. Mas eu espero que, se o carro estiver andando bem, nós estejamos prontos para alcançá-los rapidamente. Gostaríamos de estar no teste, mas não estamos. De qualquer jeito, não estaremos muito atrás quando as corridas começarem”, frisou.

Escolhas, escolhas. Ficar atrás logo no início de um novo regulamento técnico signfica, em tese, um exercício penoso para correr atrás do prejuízo. Só ver que apenas em 2021 a Mercedes está, de fato, com chances de perder o título de pilotos para outra equipe. A Williams parece ciente dos riscos, vamos ver quem será o profeta.

TRANSMISSÃO:
05/11 - Treino Livre 1: 14h30 (Band Sports)
05/11 - Treino Livre 2: 18h (Band Sports)
06/11 - Treino Livre 3: 14h (Band Sports)
06/11 - Classificação: 17h (Band e Band Sports)
07/11 - Corrida: 16h (Band)


terça-feira, 2 de novembro de 2021

ESTAMOS MAL ACOSTUMADOS

 

Foto: Getty Images

Estamos vivendo um final de ano como há muito não se via na F1. Dois pilotos de duas equipes diferentes brigando pelo título até a última corrida. A última vez que isso aconteceu foi em 2012, há quase dez anos, quando a Red Bull de Sebastian Vettel triunfou diante da Ferrari de Fernando Alonso aqui em Interlagos.

Desde então, Vettel conquistou o tetra de forma esmagadora e vimos a Mercedes dominar a era híbrida. Desde 2014, apenas nesse ano e em 2016 chegamos a corrida final com o título em aberto. Em 2014, é bom frisar, apenas porque existiu a infame regra da pontuação dobrada, que manteve Rosberg vivo no campeonato mas Hamilton foi campeão sem maiores problemas.

Portanto, 2016 foi a última vez que vimos essa indecisão até a última volta. A diferença é que ali eram carros da mesma equipe. Agora, uma disputa entre duas. Max Verstappen e Lewis Hamilton podem premiar a melhor e mais emocionante temporada da F1 justamente desde 2012, há quase uma década.

É normal períodos de domínio e dinastias avassaladoras. Na década passada, ainda na Era Schummi, tivemos decisão em 2003 e em 2006. No pós-Schumacher, talvez os campeonatos mais emocionantes de todos os tempos. Em 2007, o título improvável de Kimi Raikkonen. 2008, a maior decisão de todas: Massa, Hamilton, Glock... e vocês já sabem o que aconteceu.

2010, quando quatro pilotos tinham chances matemáticas de título, até hoje inédito. E aí chegamos em 2012. A era híbrida, com poucos testes, fez a Mercedes nadar sozinha praticamente sete anos. A Ferrari tentou encostar, mas não tinha o equilíbrio e a constância que hoje possui a Red Bull.

Ano que vem muda tudo e ainda tem o teto orçamentário. É possível afirmar que, quem largar melhor, vai colher os frutos por um bom tempo. Se alguém se desenvolver muito melhor que os outros tal qual a Mercedes fez, podemos ter uma nova era de dominância.

Escrevo tudo isso para chegar a conclusão que, infelizmente, estamos mal acostumados. Nessa época do ano, tudo já estaria definido e seria um clima de férias. Não dessa vez. Vamos desfrutar. Vai saber quando duas ou mais equipes e pilotos vão chegar nesse estágio num equilíbrio e suspense tão grande quanto em 2021.

Até!


segunda-feira, 25 de outubro de 2021

VOLTANDO AOS POUCOS?

 

Foto: Soy Motor

Uma briga que fica em segundo plano mas é interessante de se destacar nessa reta final é McLaren e Ferrari, tentando retomar o protagonismo, disputando o terceiro lugar nos construtores.

O retorno da parceria com a Mercedes fez os ingleses continuarem em franca evolução, com cada vez mais pódios e o grande salto esse ano: pole e vitória. Norris faz uma temporada excelente, mas quem cruzou em primeiro lugar foi Ricciardo. O australiano faz uma temporada muito abaixo da expectativa, mesmo vencendo, e sua inconstância ameaça a posição da equipe de Woking, apesar da evolução nas últimas etapas.

A Ferrari, por sua vez, entendeu que virou um carro de meio de tabela mas tem como grande trunfo o talento de Leclerc e a constância de Sainz. Conseguiram poles e pódios, mas no geral os italianos são inferiores, ou eram. Nesse final de temporada, a Ferrari atualizou o motor do ano e encostou na McLaren. Com maior equilíbrio na pista e no desempenho dos pilotos, o terceiro lugar nos construtores vira um grande alento para o futuro das duas maiores escuderias da F1.

É claro que é impossível fazer qualquer prognóstico para o ano que vem, quando uma nova F1 surge. No entanto, mais dinheiro com a implementação do teto orçamentário é sempre bem vindo. Como os pilotos serão os mesmos, Ferrari e McLaren brigam juntas entre si e lutam para voltar a incomodar Red Bull e Mercedes, como era no início da década.

A F1 clama pelas duas equipes mais populares retornarem para o lugar de grandeza. A Williams aos poucos se reestrutura também, então é um momento de ascensão e esperança para o trio de ferro da categoria.

Será o prenúncio de um retorno?

Até!

domingo, 24 de outubro de 2021

OS PEQUENOS DETALHES

 

Foto: Getty Images

Austin é um circuito previsível, sem grandes mudanças ou surpresas em ritmo de corrida. O que acontece no sábado, geralmente se repete no domingo. A surpresa foi justamente na véspera. A Mercedes, que parecia melhor acertada na sexta, sofreu mais um duro baque. Numa pista que teria a vantagem, Max foi pole e Hamilton estaria sozinho contra ele e Pérez, pois Bottas largaria atrás diante de mais uma punição.

Nada disso desanimou Hamilton, que precisava ser agressivo na largada e foi, assumindo a liderança. A Mercedes, com os pneus médios, tinha um ritmo melhor, mas Max não desgarrou. Em dois contra um, a Mercedes cometeu mais um erro de avaliação. Na F1 atual, é preciso se antecipar ao adversário e ao desgaste. A Red Bull fez isso. Max parou e os taurinos se deram ao luxo de fazer uma estratégia diferente com Pérez. A Mercedes alongou os stints de Hamilton imaginando no desgaste para dar o bote final.

Quase deu certo, mas não deu. Favorita, os alemães perdem pontos chaves no território dos Estados Unidos, lotado com 400 mil pessoas no final de semana e a presença de Shaquille O'Neal num carro típico texano caipira conversível. Max, ao ceder a tentação de não perder a posição a qualquer custo na primeira curva, teve a frieza e o ritmo necessário para abrir 12 pontos na tabela.

Pérez teve o melhor final de semana na equipe desde Baku. Sempre próximo de Max nos treinos, sucumbiu na corrida pela desidratação de não ter o sistema de hidratação funcionando. Ainda assim, sua presença por perto foi importante para a Red Bull estar confortável na estratégia e, além disso, alegrou os latinos presentes no autódromo. Se o mexicano crescer na reta final, Max ganha um aliado importantíssimo para a conquista do título.

Bottas, sem ritmo, foi o sexto. A briga de McLaren e Ferrari pelo terceiro lugar dos construtores está interessante. Leclerc em um soberbo quarto lugar. Ricciardo reagindo em quinto. Sainz na frente de Norris. Vale dinheiro e uma nostalgia desses dois tipos que outrora foram os protagonistas do Mundial. 

A briga da corrida foi de Alonso com as Alfa Romeo. Primeiro com Raikkonen, sem sucesso, e depois com Giovinazzi. Teve rádio, toque pra lá e pra cá, pedaço de carro saindo, tudo o que gostamos. E fica aquele clima de despedida, né? Pode ter sido a última grande disputa de Kimi Raikkonen com Fernando Alonso, duas entidades da F1. 

Quem foi bem e evoluiu foi Tsunoda. Sendo arrojado nas disputas, hoje foi o responsável pelos pontos da equipe, em virtude do abandono de Gasly. Vettel, largando lá atrás por ter trocado tudo, teve o esforço recompensado com um pontinho.

A Red Bull, novamente, vence onde "não deveria", seguindo a lógica dos últimos anos. A lógica de 2021 está bem diferente até aqui, portanto é bom que eu pare de contar com o ovo antes da galinha. 

São nos pequenos detalhes que o título vai se decidir. No momento, eles estão pendendo para a Red Bull.

Confira a classificação final do GP dos EUA:


Até!

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O FIEL DA BALANÇA

 

Foto:Reprodução/F1

Depois de dois anos, a F1 desembarca nas Américas. Começando por Austin, no Texas. Uma pista que favorece a Mercedes e o primeiro treino livre provou isso, com dobradinha dos carros pretos, liderado por Bottas. Soube-se, após a sessão, que o finlandês vai trocar o motor a combustão e tem cinco posições de punição no grid. É carta fora do baralho, mas pode incomodar. O finlandês, com o futuro definido, está mais leve e pode ser muito útil na reta final.

No segundo treino, quem se deu melhor foi Sérgio Pérez. A Mercedes está com mais potência no motor e tem o favoritismo para retomar a liderança do mundial de pilotos. O mexicano parece bem, com mais possibilidades de ajudar Max do que em toda a temporada, ainda mais agora que Bottas larga mais atrás. Será o impulso da torcida latina um diferencial?

Ainda na segunda sessão, Hamilton e Verstappen brigaram por espaço. Espremido, o holandês não gostou. Ele, que reclama das rivalidades forjadas da série da Netflix e que não vai participar para o ano que vem. Justo Max, que pode ser o cara a quebrar a hegemonia de Hamilton e da Mercedes. Bom, como nunca vi a série da Netflix, não posso opinar, mas que a rivalidade de Max e Lewis é real, é. Aliás, mais do que real.

Dizem que Hamilton pode ser punido por mais uma troca de componentes, o que seria mais um vacilo da Mercedes na temporada. A conferir.

A Ferrari parece bem, assim como Gasly e as McLaren. Os cinco vão brigar pelo resto das posições, como sempre. O destaque do treino foi o inferno astral de Alonso. Na primeira sessão, mal foi pra pista e parou. Na segunda, rodou feio e quase bateu forte com a traseira. Mick e Pérez se estranharam no TL1 e Mazepin quase atropelou uma Aston Martin no TL2.

Apesar da Mercedes estar aparentemente melhor novamente em Austin e ter o favoritismo, o fiel da balança do campeonato pode estar nos escudeiros, Bottas e Pérez. Como sempre escrevo: em um campeonato tão disputado, tudo pode fazer a diferença, e sempre a próxima corrida vai ser mais decisiva, porque são menos pontos em jogo com o passar do tempo.

Confira os tempos dos treinos livres:




Até!

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

GP DOS EUA: Programação

 O Grande Prêmio dos EUA entrou no calendário da Fórmula em 1950. Até 1960, as 500 Milhas de Indianapólis faziam parte do circo da Fórmula 1. Desde então, o GP foi disputado nos circuitos de Riverside (1960), Watkins Glen (1961-1980), Sebring (1959), Phoenix (1989-1991), Indianapólis (2000-2007) e Austin (2012-).

No ano passado, em virtude do coronavírus, a etapa foi cancelada, retornando este ano para o calendário.

Foto: Wikipédia

ESTATÍSTICAS:

Melhor volta em corrida: Charles Leclerc - 1:36.069 (Ferrari, 2019)

Pole Position: Valtteri Bottas - 1:32.029 (Mercedes, 2019)

Último vencedor: Valtteri Bottas (Mercedes)

Maior vencedor: Lewis Hamilton (2007, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017) - 6x


CLASSIFICAÇÃO:

1 - Max Verstappen (Red Bull) - 262,5 pontos

2 - Lewis Hamilton (Mercedes) - 256,5 pontos

3 - Valtteri Bottas (Mercedes) - 177 pontos

4 - Lando Norris (McLaren) - 145 pontos

5 - Sérgio Pérez (Red Bull) - 135 pontos

6 - Carlos Sainz Jr (Ferrari) - 116,5 pontos

7 - Charles Leclerc (Ferrari) - 116 pontos

8 - Daniel Ricciardo (McLaren) - 95 pontos

9 - Pierre Gasly (Alpha Tauri) - 74 pontos

10- Fernando Alonso (Alpine) - 58 pontos

11- Esteban Ocon (Alpine) - 46 pontos

12- Sebastian Vettel (Aston Martin) - 35 pontos

13- Lance Stroll (Aston Martin) - 26 pontos

14- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) - 18 pontos

15- George Russell (Williams) - 16 pontos

16- Nicholas Latifi (Williams) - 7 pontos

17- Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) - 6 pontos

18- Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) - 1 ponto


CONSTRUTORES:

1 - Mercedes - 433,5 pontos

2 - Red Bull Honda - 397,5 pontos

3 - McLaren Mercedes - 240 pontos

4 - Ferrari - 232,5 pontos

5 - Alpine Renault - 104 pontos

6 - Alpha Tauri Honda - 92 pontos

7 - Aston Martin Mercedes - 61 pontos

8 - Williams Mercedes - 23 pontos

9 - Alfa Romeo Ferrari - 7 pontos


HÁ FALHAS

Foto: Getty Images


Depois de atingir certa supremacia na temporada, a Red Bull acendeu um grande alerta vermelho na Turquia. Mesmo com os 2° e 3° lugares, os austríacos em nenhum momento brigaram com a Mercedes de Bottas pela vitória. Por isso, são necessários correções e reparos.

Para isso, a ajuda do "mago" Adrian Newey é fundamental. No entanto, o projetista esteve ausente do circo por um motivo: um acidente de bicicleta. Após realizar cirurgias, Newey ao trabalho aos poucos mesmo sem estar 100% para ajudar a identificar os problemas do carro taurino.

Segundo o consultor Helmut Marko, Newey já identificou problemas no acerto do carro na última etapa e pretende se reunir com Max Verstappen nas próximas semanas para discutir soluções para o time.

“Ele ainda não está completamente recuperado, mas está pronto para trabalhar e imediatamente reconheceu as dificuldades que tivemos em termos de set-up. Teremos uma reunião com o Verstappen nas próximas semanas em Milton Keynes para que possamos voltar ao topo em termos de chassi”, disse.

O retorno de Newey é importantíssimo para as pretensões da Red Bull. A Mercedes retoma como o melhor carro até a final, então qualquer mudança de acerto pode definir o campeonato. Os taurinos precisam ser certeiros porque não há mais tempo. Newey vai ter que ser mais Adrian Newey do que nunca para a Red Bull voltar a conquistar títulos na Fórmula 1.


"DOIS ANOS DE TORTURA"

Foto: Getty Images

Assim descreve Lawrence Stroll sobre o período em que ele e o filho estiveram na Williams, onde começaram na Fórmula 1.

No primeiro ano, a equipe britânica conseguiu resultados razoáveis, ficando em quinto lugar, onde Stroll fez pódio no Azerbaijão e largou na primeira fila na Itália, quando Felipe Massa era o companheiro de equipe.

No ano seguinte, a decadência: último lugar nos construtores e a presença do russo Sergey Sirotkin no lugar do brasileiro. Foi nesse ano que o bilionário canadense sentiu as dificuldades e aproveitou para comprar primeiro a Force India, que virou Racing Point, e agora é a Aston Martin.

“Começamos com a Williams, sabe, dois anos de tortura. Especialmente quando você está acostumado a vencer, quando treina de duas a três horas por dia, toma cuidado com o que come e sabe que o melhor que você vai fazer é 18º em um bom fim de semana", disse para o podcast Beyond The Grid.

Por ser o pai de Lance, Lawrence sabe que o filho tem a desconfiança dos fãs e da imprensa, mas acredita que o canadense está fazendo um bom trabalho, agora que está numa equipe melhor. E também ressaltou que qualquer piloto na situação de Stroll na Williams não faria muito diferente.

“É desafiador, então dar um carro a ele no ano passado foi muito, muito importante. Muito importante por tudo que ele trabalhou. Todos nós sabemos que você só é tão bom quanto o carro. Você pode colocar qualquer campeão em um carro que é 18º no grid e ele será 18º ou 17º. Ele, certamente, não será primeiro", concluiu.

Alguns azares e o Covid, realmente a Williams em 2018 já vivia um processo de quase falência. Tortura é um termo forte, diria mais a frustração mesmo. Stroll, bilionário, não rasgaria dinheiro para ficar em último. Agora, com uma marca mundialmente conhecida sendo construída na F1, certamente Stroll, com mais experiência e sem pressão de resultados, vai desenvolver o trabalho e eventualmente conquistar alguns resultados, onde muitos vão ressaltar o talento e esquecer todo o lastro financeiro e o caminho seguido por Lance desde a infância.


TRANSMISSÃO:

22/10 - Treino Livre 1: 13h30 (Band Sports)

22/10 - Treino Livre 2: 17h (Band Sports)

23/10 - Treino Livre 3: 15h (Band Sports)

23/10 - Classificação: 18h (Band e Band Sports)

24/10 - Corrida: 16h (Band)



terça-feira, 19 de outubro de 2021

AUTOMOBILISMO OU ENTRETENIMENTO?

 

Foto: Getty Images

A resposta óbvia seria o meio termo e encerraria um post que nem precisaria ser escrita, mas a questão é mais complexa do que isso.

Como esperado, o anunciado calendário da F1 em 2022 vai ter o recorde de 23 etapas e várias semanas seguidas de trabalho, o que desagrada pilotos e equipes. Como já foi escrito, é a F1 perdendo importância tendo corrida semana sim semana também. 

Mas o que vou escrever agora é sobre o complemento da notícia: segundo Stefano Domenicali, chefão da F1, a tendência é que 8 ou 9 etapas tenham a corrida classificatória. Os locais não foram divulgados e nem sinalizaram se haverá ou não repetição das três provas que serão feitas em 2021.

A justificativa é que foi um sucesso de crítica, para os jovens e o faturamento das pistas. Ok, argumentos válidos: corridas menores são mais fáceis de se concentrar, a sexta feira ganha um atrativo e tudo mais. Mas isso é automobilismo?

As corridas classificatórias foram chatíssimas. Tirando a largada, um ponto de muita tensão sobre e até ali, todo mundo evita ir forte para não prejudicar a corrida que vale, que é o domingo. Acidentes comprometem todo o final de semana e podem até decidir um título, nos casos mais dramáticos.

Ou seja: são corridas enfadonhas, mesmo curtas, o contrário do que esperavam (e como esperavam isso, afinal de contas?). Pode se justificar por questões financeiras e até um barulho maior, mas as corridas classificatórias não são um espetáculo para o público, na acepção da palavra.

A F1 precisa ser atrativa, mas não por questões pequenas ou artificiais. Se inverter o grid, como acontece nas categorias de base, a corrida certamente fica emocionante, mas é uma emoção falsa. Na base é válido, na principal competição do automobilismo, não.

No futuro, com a chegada do teto orçamentário, pode ser que as equipes se aproximem diante da incerteza do novo regulamento. Com a impossibilidade de novas equipes, temos que torcer para que as temporadas sejam semelhantes a esta, mas sem as artificialidades.

A F1 precisa ser emocionante por si só, como o automobilismo. É claro que a diferença dos investimentos criam camadas, mas a categoria não pode ser elitista, fazer poucas mudanças e apostar em corridas classificatórias e engajamento para ganhar novos fãs e patrocinadores.

Respondendo novamente a pergunta do título do texto, queremos automobilismo e não entretenimento. O segundo é consequência do primeiro e não o inverso.

Até!