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Uma notícia triste dominou a F1 no final de semana. De forma
surpreendente, foi anunciada a morte de Dietrich Mateschitz, aos 78 anos,
criador da Red Bull. Surpreendente porque o motivo da morte não foi anunciada,
somente que ele estava doente havia algum tempo.
Mateschitz criou a Red Bull nos anos 1980 depois de
conhecer, na Tailândia, o criador do energético. Desde então, a história fala
por si.
A Red Bull sempre apostou no marketing dos esportes radicais
e do público jovem. Desde os anos 1990, Mateschitz também começou a apostar no
automobilismo, patrocinando equipes da F1 e também de base.
Até o início dos anos 2000, era possível observar o logo nos
carros da Sauber e da Arrows. Todavia, um patrocínio não era suficiente. Era
preciso arriscar ainda mais.
A oportunidade veio em 2004. A Jaguar era deficitária e não
engrenou. Mateschitz comprou e transformou uma fábrica de energéticos em equipe
da F1. No ano seguinte, comprou a Minardi e transformou na Toro Rosso, a equipe
B. O conceito de “academia de pilotos” foi fortemente colocado em prática por
eles: em tese, formar os próprios pilotos.
O resto é história. Mateschitz foi um cara importantíssimo
na era moderna do automobilismo. O time de energéticos, desprezado por pilotos
importantes na época do crescimento, conseguiu contratar Adrian Newey e tem
seis títulos de pilotos e cinco de construtores em uma década. Só a Mercedes,
graças ao novo regulamento, consegue ter maior sucesso no período de tempo.
As tradicionais McLaren e Ferrari ficaram para trás, isso
que nem contei a Williams.
Mateschitz foi responsável direto e indireto por
possibilitar a ascensão de diversos pilotos a F1, desde Sebastian Vettel,
Daniel Ricciardo e Max Verstappen, até Carlos Sainz, Pierre Gasly, Brandon
Hartley, Sebastien Buemi, Vitantonio Liuzzi e Christian Klein.
Há ainda o sucesso no futebol, através do Salzburg, o
Leipzig e mais recentemente o Bragantino aqui no país, além do New York.
Curioso para saber como vai ser o futuro da empresa de
energéticos e, obviamente, dos outros tentáculos. Diante dos gastos e também do
sucesso nos empreendimentos, não é possível imaginar que a equipe Red Bull seja
afetada no curto-prazo. Certamente o novo manda-chuva é alguém da linha de
Mateschitz, o que significa manter a estratégia de marketing nos esportes.
Dietrich Mateschitz: um nome muito importante para a
história do automobilismo.
Até!