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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

É ASSIM

 

Foto: Getty Images

O bebê que nasce ao mesmo que um homem morre. O início e o fim. Enquanto a vida avança e precisamos tentar explicar o que tentamos entender e definir o que nos marca.

A F1 em Abu Dhabi não é muito diferente do início de "Nas Is Like", do Nas, um dos melhores raps da história.

A corrida final tem os primeiros encontros e as despedidas, traduzidas nos capacetes e cerimônias. O caso mais marcante é obviamente o de Sebastian Vettel. 

De forma rara e surpreendente, todos os 20 pilotos se reuniram num jantar na quinta feira para celebrar a carreira do tetracampeão, que faz a corrida derradeira nesse final de semana. Claro que há outras despedidas, como de Latifi, Ricciardo e também de Mick Schumacher. Sobre o filho de Schummi, escreverei na semana que vem, assim sobre o super trunfo Hulkenberg.

A coisa é tão inacreditável que talvez eu pudesse abrir outro post para falar sobre a surpreendente, bonita e sensível homenagem de Alonso para o grande rival, algo inimaginável há dez anos, quando os dois, no limite, disputaram o tricampeonato aqui no Brasil. A Fênix, que substitui o alemão na Aston Martin, vai correr com um capacete semelhante ao de Seb.

Só vou escrever o seguinte: para Alonso, os contemporâneos já foram. Só sobrou ele e Hamilton. Então, quando um rival se aposenta, é uma parte dele que vai embora junto. Tipo quando Federer saiu de cena e levou Djokovic e Nadal as lágrimas. Eles sabem que o momento deles também está próximo, assim como Don Alonso, que já foi e voltou. 

Mick, o protegido, também faz parte das homenagens. E assim a vida segue. 

Como o pessoal do Sexto Round gosta de falar, a F1, embora não tão rápida, também tem o processo de renovação, talvez com uma despedida mais humanizada. Os velhos são escadas para os novatos.

Abu Dhabi, que também recebe o teste dos novatos pós-temporada, teve diversos novos rostos no primeiro treino livre. Vamos lá: desde os brasileiros Felipe Drugovich e Pietro Fittipaldi (pela primeira vez desde 2016 que temos dois brasileiros numa mesma sessão), passando por Liam Lawson, Logan Sargeant (futuro titular da Williams), Robert Shwartzman, Pato O'Ward, Jack Doohan e não jovem Robert Kubica. 

A Mercedes foi a mais rápida com uma dobradinha. Hamilton na frente. Isso significa e não significa muita coisa ao mesmo tempo. É um indicativo da força dos alemães, mas Verstappen entrou no carro no TL2 e já reestabeleceu a ordem. Para a corrida é isso mesmo. Aos poucos, o retorno de 2021: Verstappen, sozinho, contra as Mercedes, embora a Red Bull tenha colocado panos quentes para que Max ajude no que for possível o vice-campeonato de Checo Pérez.

Abu Dhabi, tirando o ano passado, é isso aí: despedidas, encontros e desencontros. Uma corrida que tem mais cara de pelada de fim de ano do que algo tão competitivo assim, principalmente porque, nesse ano, está todo mundo pensando na Copa que vai começar ali perto, um pouco mais tarde.

A F1 é assim.

Confira os tempos dos treinos livres:



Até!

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

MELHORES MOMENTOS

 

Foto: Divulgação/ Red Bull

Vai ser bem curto. Ainda não assisti a corrida e talvez não assista a reprise, algo que seria pessoalmente inédito em dez anos. Ainda não sei o porquê, mas vamos lá, que as últimas horas foram intensas, malucas e emocionantes.

Pelo que li, a Mercedes estava no páreo para brigar pela vitória. No primeiro stint, Hamilton estava próximo de Verstappen. A Red Bull é um carro tão avassalador que o ritmo, de macios, foi duradouro.

Os alemães reclamaram que os compostos eram duros demais, mas a verdade é que a Mercedes deve nas estratégias. Os taurinos sempre levam vantagem na leitura da corrida e no segundo stint, com os pneus duros, Hamilton não teve o que fazer. Foi mais um passeio de Max.

Quatorze vitórias no ano. Recorde em uma temporada. Max Verstappen já é histórico, assim como a Red Bull. 16 vitórias em 19 corridas. Um domínio impressionante e acachapante. Não deu para Pérez tentar vencer em casa, mas outro pódio foi o suficiente para fazer os mexicanos delirarem de alegria pelo herói local. No próximo ano, quem sabe?

A Ferrari virou terceira força, de fato. Que papel coadjuvante e deprimente nesse final de temporada. Deu a lógica: os italianos perdem a força durante o ano e a Mercedes naturalmente se recupera do prejuízo e ganha terreno. Será o suficiente para ganhar uma das duas provas que faltam para não saírem zerados em 2022?

Outro destaque pelos melhores momentos foi Daniel Ricciardo. Mesmo atropelando Tsunoda, por algum motivo o australiano conseguiu um bom sétimo lugar, o melhor do resto. Foi no México que Ric fez a última pole dele com a Red Bull, então é um palco que ele pode se dar bem. O estilo casa.

Alonso e seu azar habitual, além de Ocon e Norris, os regulares, nos pontos, e Bottas no top 10. Fazia tempo que o finlandês não pontuava.

O México mostra a força avassaladora da Red Bull, no ritmo, na estratégia e no talento de Max Verstappen.

Se no início nós imaginávamos outra guerra com a Mercedes, o 2022 mostrou um Max mais completo e maduro, sem o fantasma e a pressão do primeiro título. Sim, Verstappen já está na prateleira dos grandes pilotos da história. 2022 é um ano espetacular para o bicampeão.

Até!