Foto: Getty Images |
Dias antes da oficialização da saída da McLaren, Daniel
Ricciardo indicava que poderia ter alguma carta na manga. Ao falar sobre o amor
pelo esporte e citar o exemplo de Sérgio Pérez, demitido duas vezes, deu a
volta por cima e agora está na Red Bull, tudo isso poderia simbolizar que
existiam alternativas para o sorridente australiano.
Tamanho discurso otimista em meio ao contexto de quase fim
de festa (ou expulsão mesmo) só poderia significar duas coisas: há algo em
andamento ou um descolamento da realidade. Tudo isso porque Ricciardo descartou
outras categorias e não queria ir para uma equipe sem perspectiva.
Bom, diante disso tudo, só há uma alternativa possível: a
Alpine. No entanto, as notícias dos últimos dias indicam que os franceses têm
outros planos, desde Gasly, passando por Mick Schumacher, Hulkenberg ou até mesmo
a confirmação do rebelde Piastri. Nada de Ricciardo.
Dias depois, a conversa otimista e motivadora que de certa
forma fui seduzido a acreditar deu espaço para um conformismo: Ricciardo não
veria problemas em ficar um ano fora se não tiver lugar disponível. E
provavelmente não terá, a menos que aceite se juntar a Haas ou Williams, o que
duvido muito.
Pra quem vai ganhar 10 milhões de euros para não trabalhar,
não é um problema financeiro. O problema é a carreira e o prognóstico.
Ricciardo foi um ótimo piloto e ainda tem espaço no grid. A questão é: com a
idade já começando a ficar avançada para a F1 (lembrem-se que ela é um esporte
de jovens) e o fato do australiano não ter a mesma grife que um Alonso para
voltar tão velho (ou experiente, como queiram), o que aguarda o australiano a
partir de 2024?
Quais vagas de renome poderiam estar disponíveis? Claro que
depende muito das forças mudarem ou não na hierarquia das equipes. Assim sendo,
já dá para descartar de imediato as ex-equipes Red Bull, McLaren e até Alpine.
Sobrariam a Mercedes, contando com a aposentadoria de Hamilton e, no meio do
pelotão, no máximo a Alfa Romeo, que vai juntar forças com a Audi só em 2026,
quando o australiano já teria 36 anos.
Neste momento, sem olhar para as outras categorias do automobilismo
onde poderia ser feliz, como a Indy ou até mesmo a WEC, a carreira de Ricciardo
é uma grande provocação: navegando pelo incerto e idolatrando a dúvida.
Até!
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