Eaí pessoal, agora a terceira parte do Especial Jordan.
Vamos lá!
1996: ERA AMARELA E O
AUGE
Martin Brundle, agora na Jordan da F1. Foto: Getty Images |
Para essa temporada, a Jordan estava sem Eddie Irvine, que
foi para a Ferrari ser o escudeiro de Michael Schumacher, bicampeão com a
Benetton. Para o seu lugar, foi
contratado o veterano Martin Brundle, que correu pela Jordan na F3000. Além
disso, 1996 é um marco para a equipe: o carro passou a ser amarelo, a cor do
imaginário da Jordan, graças ao novo patrocinador, a marca de cigarros Benson
& Hedges. Com 22 pontos e o 5° nos
construtores, a equipe não teve nenhum pódio, mas foi consistente durante a
temporada.
Em 1997, a equipe manteve a ascensão, agora com uma nova
dupla: sem Rubinho, que foi para a Stewart e a aposentadoria de Brundle, Eddie
contratou os jovens Giancarlo Fisichella que estava na Minardi e o alemão Ralf
Schumacher, irmão do então bicampeão. De novo a Jordan ficou em quinto, com 33
pontos, mas agora com pódios: dois do Fisico e um de Ralf. Em Hockenheim, na
última vitória de Berger, a história poderia ter sido diferente se um furo no
radiador não tirasse o italiano enquanto liderava. O pódio de Ralf foi polêmico
porque bateu e tirou da corrida o companheiro de equipe no GP da Argentina.
Nessa temporada também que a Jordan começou a usar os
famosos animais no bico do carro, que representavam a patrocinadora. Em
corridas que era proibido a publicidade dos cigarros, o nome da equipe era
substituído por “Bitten & Hisses”, quando na época o mascote era a cobra
Sid.
"Bitten e Hisses": uma das várias formas (simpáticas) de burlar o antitabagismo em alguns países. Foto: Getty Images |
Em 1998, uma mudança inesperada: com a chegada da equipe
Prost na F1, a Peugeot abandona a Jordan para se dedicar ao projeto
nacionalista do time de Alain Prost. De última hora, a Jordan assina com a
Mugen Honda. Eram motores de qualidade, porém com vários problemas de
confiabilidade.
O ex-campeão Damon Hill (que também correu na Jordan na
F3000) chega da Arrows para substituir Fisichella.
O começo foi complicado: com
os motores inconfiáveis, a Jordan passou metade da temporada sem somar pontos.
As coisas começaram a melhorar a partir da chegada de Mike Gascoyne, vindo da
Tyrrell.
A recompensa viria no histórico e caótico GP da Bélgica de
1998, famoso pelo acidente cinematográfico da largada e que terminou apenas com
seis carros. Depois de Schumacher bater no retardatário Coulthard, a corrida
caiu no colo de Damon Hill, que venceu a primeira corrida da história da Jordan
e a última na carreira. Não só foi uma vitória como também uma dobradinha.
Eddie, Ralf, Hill e Alesi: Jordan fazendo história na primeira vitória! Foto: Getty Images |
Apesar dos protestos de Ralf, Eddie ordenou que se mantivessem as posições.
Isso seria preponderante para a saída tumultuada do alemão rumou a Williams. Na
última corrida da temporada, em Suzuka, Hill chegou em quarto e garantiu o
quarto lugar da Jordan no camepeonato, com 34 pontos. Até hoje se especula que
Frentzen deixou Hill passar porque já estava assinado com a Jordan, o que foi
confirmado logo em seguida.
Em 1998, a Jordan continuou inovando no desenho do bico do
carro. Ao invés da cobra Sid, agora era uma vespa sem nome que passou a ser
desenhada e o patrocínio chegou a ser nomeado “Buzzin Hornets”.
Hill, a vespa no bico do carro: "Buzzin Hornets". Foto: Getty Images |
1999: BRIGA PELO
TÍTULO
Eddie e Frentzen chegaram a flertar com o título... Foto: Getty Images |
Eddie Jordan vendeu 40% das ações da equipe para o consórcio
Warburg, Pincus & Co. Em um ano atípico, onde Schumacher bateu forte em
Silverstone e ficou fora do restante da temporada e o título estava sendo
disputado entre os inconstantes Hakkinen (McLaren) e Irvine (Ferrari), quase
que surgiu uma terceira via: Frentzen e a Jordan.
O alemão dominou Damon Hill e
venceu duas corridas (França e Itália) e até o GP da Europa em Nurburgring,
onde fez a pole (a última da Jordan), o alemão tinha chances de título até que
um problema elétrico sepultou o sonho de Eddie e companhia.
Vitória de Frentzen em Monza fez a Jordan sonhar com o título, mas durou pouco tempo. Foto: Getty Images |
Frentzen e a Jordan terminaram o campeonato em terceiro. O
alemão impôs um 54 a 7 diante de Hill que, aos 39 anos, se aposentou no final
da temporada. A Jordan vivia o auge e até poderia se imaginar que, a partir
disso, poderia ser mais uma força para competir com as hegemônicas McLaren e
Ferrari.
Bom, todas essas vitórias e disputas custaram para a Jordan
um preço muito alto e que precisava ser pago. E é isso que vou contar na última
parte do Especial Jordan.
Até mais!
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