terça-feira, 16 de julho de 2019

PROTAGONISTAS

Foto: Getty Images
Todo mundo previa desde quando Charles Leclerc foi promovido para a Ferrari tão jovem que finalmente Max Verstappen teria um antagonista contemporâneo. Hamilton e Vettel caminham para o final da carreira e Bottas é um pouco mais velho, assim como Ricciardo. Então, se nada der errado, este será o principal confronto da nova geração da Fórmula 1, considerando que as forças não irão mudar muito, mesmo com o novo Pacto de Concórdia prometendo mundos e fundos.

Lando Norris, Alexander Albon e George Russell, os estreantes do ano, também prometem bastante, mas dependem de outras circunstâncias, como uma promoção (Albon e Russell) ou o retorno da velha McLaren.

Enfim, voltemos ao tema. O primeiro round deste embate foi na Áustria. Leclerc, ainda inexperiente, não esperava o ataque do agressivo Verstappen, foi jogado para fora e perdeu a corrida. Puto, decidiu agir.

O round 2 foi agora. Um Leclerc que parecia mais preocupado em não deixar o holandês o superar do que qualquer outra coisa. A postura mudou. Passou a jogar o jogo. Foi no limite da agressividade contra o agressivo mor. Se defendeu o quanto pode em uma disputa limpa, deixando claro que de agora em diante Max não vai encontrar moleza. O duelo de dois grandes pilotos que, se tiverem carro e a Ferrari parar de boicotá-lo, terão tudo para serem os protagonistas definitivos da F1.

Em duas etapas, eles já foram. Hamilton já é campeão, Vettel erra em quase todas as corridas. Não são novidades. A disputa de jovens talentos ávidos pelo sucesso e dando tudo o que podem é algo, obviamente, inédito. É isto que o público precisa e busca ao assistir uma corrida. Só o futuro vai dizer se Leclerc e Verstappen irão duelar assim como hoje, mas se tiverem o equipamento certo na hora certa, os dois podem ser o que a F1 precisa para ficar ainda mais interessante, apesar de tentarem matá-la em todo o tempo.

Até!


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