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Fechando o pódio, Max Verstappen fez a Honda chegar lá depois de onze anos. A última vez havia sido com Rubens Barrichello no GP da Inglaterra. O RB15 mostrou que, como sempre, o ritmo de corrida é forte. O holandês mostrou coragem e talento ao não desperdiçar a oportunidade de ultrapassar Sebastian Vettel, com os pneus desgastados.
Aliás, tanto Hamilton quanto Vettel pararam cedo, fazendo um segundo long run muito longo. Pior para os vermelhos que, com o pneu macio, teve uma grande queda de rendimento. Leclerc, que parou depois, optou pelos médios. Com ritmo superior, poderia ter passado o alemão, se não fosse a ordem de Mattia Binotto para sossegar atrás e chegar em quinto. O lado amargo de ser piloto de Ferrari. No entanto, é importante mostrar serviço e deixar claro publicamente que foi impedido de brigar por forças nem tão ocultas assim.
Foto: EFE |
Kevin Magnussen levou a Haas ao sexto posto. Grosjean poderia ter pontuado, mas a maldição dos boxes do ano pasasdo voltou a atacar. Parando mais cedo, Hulkenberg e Raikkonen seguraram o resto. Giovinazzi, que alargou a parada, prejudicou a boa estreia de Lando Norris, que demorou para se livrar do italiano e perdeu a chance de trazer bons pontos para a McLaren, até porque Sainz abandonou logo no início da corrida com problemas no motor Renault, que pareceu inferior e mais problemático que os da Honda até aqui.
Fechando o top 10, quem diria. Lance Stroll também se aproveitou do fato de Pérez ter parado cedo e garantiu os primeiros pontos da Racing Point. Kvyat se redimiu dos últimos anos e conseguiu segurar um decepcionante Pierre Gasly e garantir um pontinho para a Toro Rosso.
Robert Kubica finalmente reestreou na Fórmula 1 depois de oito anos do grave acidente de rali que sofreu. Todavia, sofreu um toque na largada e ficou muito distante de todo mundo, chegando a levar volta (ou quase isso) até do companheiro de equipe George Russell. Tudo bem que as lesões, limitações e o bom tempo inativo em um carro de F1 certamente o fariam ser mais lento que o jovem talentoso inglês, mas o que eu vi me deixou assustado, digno de lembrar Luca Badoer na Ferrari, dez anos atrás. Se a Williams está em outra rotação, uma Hispania com grife, Kubica parece estar em outra rotação em relação a própria equipe. Me pergunto se o polonês vai terminar a temporada por lá. Melhor esperar outras corridas.
Ricciardo teve a estreia na Renault prejudicada por ter ido na vala na largada e danificar o assoalho, abandonando. A Renault parece nunca estar pronta para o próximo passo. Ao menos serve de consolação o ótimo salário que o australiano irá receber nos próximos dois anos.
Bottas fez uma atuação assombrosa. A questão é saber se será esse piloto combativo e veloz de forma regular. A Ferrari, uma preocupante interrogação: como vai ser nas próximas etapas? Ninguém esperava, e talvez nós acreditamos demais na pré-temporada, mas a pulga atrás da orelha está ali: qual a verdadeira vantagem da Mercedes? Depende de cada característica de pista? Vale lembrar que Melbourne é completamente diferente de Barcelona. Perguntas inquietantes já na primeira corrida do ano.
Confira a classificação final do GP da Austrália:
Até!
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