Estamos de volta para a segunda parte do Especial Jordan.
Vamos direto para o assunto:
1993: A CHEGADA DE
RUBINHO
Porta de entrada do brasileiro na F1 foi pela Jordan. Foto: Getty Images |
Foi uma outra temporada ruim para Eddie e companhia. Agora
com os motores Hart e a petrolífera sul-africana Sasol , a equipe começou a
temporada com Ivan Capelli e o estreante Rubens Barrichello. O italiano durou
apenas duas corridas e Rubinho teve outros quatro companheiros de equipe
naquele ano: o belga Thierry Boutsen e os italianos Marco Apicella e Emanuele
Naspetti. As coisas só melhoraram mesmo no GP do Japão, quando Eddie Irvine,
que correu na Jordan na F3000, estreou na equipe principal. Os dois marcaram
pontos: Rubinho foi o quinto e Irvine o sexto.
Essa corrida é famosa porque o então estreante Irvine,
retardatário, atrapalhou Ayrton Senna enquanto o brasileiro brigava pela
vitória contra Damon Hill. Depois da corrida, enfurecido, o tricampeão deu um
soco na cara do norte-irlandês depois deste ter empurrado-o.
1994 foi o ano da redenção. A dupla foi mantida mas o ainda
jovem Irvine chegou a ser banido por três corridas por direção perigosa,
causando diversos acidentes no início do ano, principalmente na corrida de
abertura, no Brasil.
No GP do Pacífico, Rubinho conseguiu o primeiro pódio dele
e da Jordan na F1 ao chegar em terceiro, em Aida.
A primeira de muitas "sambadinhas" no pódio. Foto: F1 Photo |
Na corrida seguinte, Barrichello teve um forte acidente no
treino de sexta do GP de San Marino, o que foi prenúncio do que seria aquele
final de semana. Recuperado do trauma, Barrichello passou a ser a “esperança
brasileira” de ser a continuação do legado de Ayrton e dos campeões
brasileiros, mesmo em uma equipe que não podia lhe dar isso. Além do primeiro
pódio, Rubinho também foi o responsável pela primeira pole da Jordan, em Spa
Francorchamps.
Novamente a Jordan ficou em quinto lugar nos construtores,
agora com 28 pontos. Enquanto Irvine estava suspenso, Aguri Suzuki e De Cesaris
o substituíram.
Para 1995, as coisas prometiam ser ainda melhores. A Jordan
se aproveitou do rompimento da fracassada parceria entre McLaren e Peugeot para
assinar com o motor francês. No entanto, pode-se escrever que a temporada foi
decepcionante. Com o sexto lugar nos construtores e 21 pontos, se esperava mais
de uma equipe com um motor de fábrica. Além disso, quase metade desses pontos
vieram no atípico GP do Canadá, onde Rubinho ficou em segundo e Irvine em
terceiro, na única vitória de Jean Alesi (ex-Jordan na F3000) na carreira.
Primeira vitória de Alesi e dupla da Jordan no pódio: única alegria de Eddie em 1995. Foto: Getty Images |
Irvine no GP do Brasil de 1995. Foto: Getty Images |
E essa foi a segunda parte do Especial Jordan. Até mais!