Foto: Wikipédia |
Primeiro, um desabafo: O semestre se encaminha para um momento onde estão agendados milhares de trabalhos e provas em um curto período de tempo. Com isso, não consegui postar semana passada. O post de hoje era para ter sido postado antes. Com isso, não terá a clássica "vídeos e curtinhas" essa semana. Ok, chega de desculpas esfarrapadas. Vamos ao que importa. Vou utilizar como recurso o excelente texto do Lívio Oricchio (Clica no nome dele pra abrir a reportagem, magrão!)
Na semana passada, o Grupo de Estratégia - O que é esse grupo? - Foi criado em 2013 para discutir os rumos da Fórmula 1. Liderados por Bernie Ecclestone, Jean Todt e os líderes das principais equipes da categoria. A FIA e a CVC (grupo que detém os direitos de transmissão da F1) possuem 6 votos cada, mais um voto de cada escuderia participante: Ferrari, McLaren, Red Bull, Williams e Mercedes. Anualmente, um sexto elemento é "eleito" conforme seu desempenho na temporada anterior, Atualmente, essa cadeira é ocupada pela Force India.
Pois bem, esse Grupo se reuniu em sua sede em Biggin Hill, Inglaterra para definir diretrizes e mudar mais uma vez vários pontos do regulamento. Lembrando sempre que quem aprova ou desaprova as definições do Grupo é o Conselho, mas historicamente não é comum que haja uma contrariedade nas decisões tomadas primeiramente pelo Grupo de Estratégia. E as definições foram as seguintes:
VOLTA DO REABASTECIMENTO - Fora desde 2010, o reabastecimento vai voltar, em 2017. A justificativa é que, com os carros correndo com diferentes quantidades de combustível no tanque, possa se criar variáveis de estratégias para que haja mais competitividade e emoção nas corridas. Bom, voltaremos a Era Schumacher: Pouquíssimas ultrapassagens, e essas graças a estratégia no box. Sem contar que o reabastecimento demanda mais custos para as equipes, que estão quebradas. Hoje, o bom piloto consegue administrar o ritmo de corrida conservando os pneus e o combustível. Com o retorno do reabastecimento, o piloto poderá andar mais "pé em baixo", mas sem deixar de administrar. Massa e Schumacher são exemplos claros desse estilo de pilotagem, e não é coincidência que ambos tiveram uma queda no rendimento desde o banimento. É uma boa notícia para o brasileiro, isso se ele estiver no circo da F1 daqui 2 anos.
COMPRA DE CARROS - O Grupo de Estratégia autorizou que as equipes possam comprar os modelos de carros das temporadas do passado. Por exemplo, a Manor comprar uma Red Bull, a Sauber comprar uma Ferrari, enfim, acho que você entendeu. É uma alternativa interessante para as equipes nanicas e endividadas, diminuindo os custos e as diferenças entre as equipes, além de atrair patrocinadores para bólidos mais desenvolvidos. As escuderias médias/pequenas não precisarão gastar um caminhão de dinheiro para construir seus monopostos, podendo se tornar "clientes" das equipes gigantes.
Manor poderá comprar carro da Mercedes. Foto:gas2 |
ESCOLHA DOS PNEUS - Outra definição que entra em vigor a partir do ano que vem é que as equipes poderão escolher os compostos que levarão para os GPs. Até esse ano, a Pirelli que escolhia os pneus adequados para cada circuito, de acordo com o desgaste. Vai ser um jogo de xadrez: Quem optar pelo pneus supermacios e macios terão mais velocidade, mas menos resistência. É uma estratégia interessante para quem deseja andar na frente nos treinos e ganhar patrocinadores (tipo a Sauber no início do ano na pré-temporada). Entretanto, é óbvio que para a corrida é um péssimo negócio.
CONCLUSÃO: A Fórmula 1 está confusa e desesperada com os gastos exorbitantes, a crise das equipes médias/pequenas que ajudam a sustentar o circo e com a queda de audiência e de interesse dos fãs, que migram para outras alternativas bem mais emocionantes e competitivas (Nascar, Indy, GP2, F-E, MotoGP,
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