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Uma pausa incomum na F1. Graças ao cancelamento do GP da
China, tivemos um mês sem corridas e poucas notícias. Férias de outono lá na
Europa, a primeira antes da chegada do verão.
Só três corridas e faltam vinte. Parece que aconteceu muita
coisa e ainda vai acontecer tanto... “Como estamos?”, perguntaria o poeta.
A sensação de que mal começou e já acabou é óbvia: a Red
Bull não tem adversários. O trunfo pode ser, todavia, justamente a temporada
longa e a punição sofrida por exceder o teto orçamentário. Vai que os taurinos
não consigam ter tanta margem para crescimento e uma Mercedes da vida vai
ganhando espaço? Pode ser que não tenha campeonato, mas alguma disputa já é
algo, não? Sendo otimista...
Ferrari já afirma que não pensa nas três que estão acima.
Está na própria rotação de incerteza. É um colibri. Faz força, move mundos e
fundos, e no fim permanece no mesmo lugar.
A Aston Martin é a grande atração do ano. Doutor Lawrence
quer mais: legal, três pódios com a Fênix, mas eu quero saber de vitória. De
preferência do filho, claro. Dinheiro existe e margem para desenvolvimento
também. Mesmo assim, a curiosidade é saber se Alonso e cia já possuem
musculatura para competir a longo prazo com as flechas de prata ou até mesmo a
Ferrari.
Do meio pra trás, há um equilíbrio por baixo. A tabela de
pontos prova isso. Só os novatos Logan Sargeant e Nyck De Vries que ainda estão
zerados. É briga de coice no escuro. A McLaren enfrenta sérios problemas no
nascimento do carro e vai depender do talento de Lando Norris e do crescimento
de Oscar Piastri. A Haas vai precisar do oportunismo de seus pilotos, cujos
astros estão diferentemente alinhados.
A Alpha Tauri é um drama maior. Uma equipe já jogada as
traças e cobaia da prima rica. Tsunoda está até mais regular, mas ele ser o
líder do time a essa altura do campeonato já diz tudo.
A Alpine é um capítulo a parte. Esqueci deles, por um
instante. Eles também estão numa categoria particular de quarta a quinta força.
Tem dois bons pilotos e é questão de tempo para isso se traduzir nos resultados
de pista. É só parar de ter problemas e Ocon e Gasly não se destruírem. Ok,
duas coisas que não se resolvem somente como se fosse “só”.
A Alfa Romeo também já é outra em processo de sauberização e
Audização. O futuro é o que importa. Que presente? É a motivação do grande
salto que Bottas busca na última rotação da carreira, enquanto o chinês viável
Zhou luta para continuar no circo, embora também esteja em franca evolução.
Enfim, um texto tipo guia porque a pausa forçada da F1
realmente causou um sentimento de recomeço, embora já tenhamos três corridas.
Faltam só vinte. A caminhada é longa e, embora já saibamos o que vem por aí, a
ansiedade pela ausência de algumas polêmicas e voltas rápidas são o suficiente para
tornar tudo mais interessante do que realmente é. Saudade e carência definem.
Até!
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